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Monção: PS quer ver ‘ciência’ das Roscas ensinada na EPRAMI

23 Agosto, 2019 - 14:17

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PUB   O PS Monção quer ver os segredos e os saberes das Roscas de Monção ensinados no pólo daquela vila da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI). Em […]

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O PS Monção quer ver os segredos e os saberes das Roscas de Monção ensinados no pólo daquela vila da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI). Em reunião do Executivo Municipal, pela voz de Manuel José Oliveira, vereador em substituição, o partido lembrou que naquelas instalações é atualmente ministrado o curso de Cozinha/Pastelaria.

No entanto, para os socialistas, existe também uma preocupação. “Temos de assumir que temos algumas dificuldades no fabrico deste doce. Que eu saiba, já só existem três ou quatro rosqueiras no nosso concelho”, iniciou o autarca socialista que apontou o cenário da progressão das Roscas de Monção no concurso 7 Maravilhas Doces de Portugal.

Uma eventual chegada à final ou até mesmo a vitória poderia arrastar outro tipo de problemas. “Só na última edição da Festa da Rosca e do Papudo, realizada no passado dia 21 de julho, foram vendidas 10 mil roscas num só dia”, realçou Manuel José Oliveira. “Às quatro da tarde já não havia roscas para venda”.

Perante este cenário de incapacidade dar resposta a tanta procura, o PS aponta o caminho da EPRAMI. “Poderíamos recorrer a estas rosqueiras, convidando-as a ensinar os alunos da escola a fabricar as roscas. Tudo isto no sentido de passar este saber aos jovens”, explicou o vereador. “É muito importante que este saber não morra com as três ou quatro rosqueiras que apenas temos! É importante que se transmita de uma forma a que esses jovens possam ser empreendedores”, defendeu.

Na resposta, o presidente da Câmara, António Barbosa (PSD) acolheu com agrado a proposta do autarca socialista. “Independentemente de ganharmos ou não este concurso é uma questão que temos mesmo de analisar. É uma tradição e é evidente que não queremos que se perca”, sublinhou o edil monçanense. “Qualquer que seja o resultado, já temos uma responsabilidade acrescida”.

 

Mas afinal como são feitas as Roscas de Monção?

 

Há segredos? Há, claramente. Mas o método passa essencialmente por preparar a massa com farinha triga e água, à qual se junta manteiga, açafrão, fermento, sal e açúcar. Fica a levedar durante duas horas. Depois, as mãos das doceiras moldam as roscas que são colocadas em tabuleiros e polvilhadas de farinha triga para não apegar.

Posteriormente, vai ao forno de lenha, com porta sempre aberta, até apresentar um aspeto alourado. São depois adornadas com açúcar refinado.

Nos últimos tempos, fruto da grande procura deste doce caraterístico da nossa terra, as Roscas de Monção têm sido preparadas para serem comercializadas na feira semanal, que se realiza todas as quintas-feiras. As rosqueiras apresentam esta doçaria sobre panos de linho, em grandes cestos de vime, vendendo-a à unidade ou em grupos de meia ou uma dúzia.

Com décadas de tradição, as Roscas de Monção vão disputar este sábado a semifinal do concurso 7 Maravilhas Doces de Portugal. A gala vai ter lugar no Parque da Ponte Nova, em Arcos de Valdevez. Terá transmissão direta pela RTP, a partir das 21h00.

 

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