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Monção: ‘Profecia de Rangel’ foi há um ano – Uma das partes já se concretizou

3 Dezembro, 2017 - 03:00

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“António Barbosa vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD depois de ser presidente da Câmara de Monção”. As palavras foram ditas há exatamente um ano por Paulo Rangel, […]

“António Barbosa vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD depois de ser presidente da Câmara de Monção”. As palavras foram ditas há exatamente um ano por Paulo Rangel, eurodeputado social-democrata. Na noite de 3 de dezembro de 2016, a concelhia do PSD Monção realizou um jantar de Natal num restaurante do concelho que juntou na mesma sala cerca de 430 militantes e simpatizantes do partido. E todos ouviram aquela que ficou conhecida como a Profecia de Rangel.

Concretizou-se. Pelo menos uma das partes. António Barbosa é hoje o presidente da Câmara de Monção. Convidado pela Rádio Vale do Minho a recordar essa noite, o autarca monçanense sorriu. “A parte de ser presidente da Câmara é a única que me preocupa. Conforme essa profecia, ganhámos a Câmara. Mas mais importante que tudo isso é cumprir aquilo para que os eleitores nos elegeram”, sublinhou António Barbosa. “Fazer mais e melhor pelo concelho de Monção! Essa é a única preocupação que eu tenho. Quanto ao resto, quando as coisas correm bem… as coisas surgem. As oportunidades aparecem e a vida é feita disso”, acrescentou.

 

António Barbosa: “Conforme essa profecia, ganhámos a Câmara. Mas mais importante que tudo isso é cumprir aquilo para que os eleitores nos elegeram.”

 

As palavras de Paulo Rangel incendiaram a imprensa. Claro que mais tarde, em plena campanha eleitoral, outros dirigentes e autarcas locais viriam a palpitar que António Barbosa seria o grande vencedor das eleições autárquicas em Monção. Só que nessa noite, Rangel estava a 10 meses de distância do sufrágio. E Barbosa ainda nem sequer tinha assumido oficialmente a candidatura. A profecia ganhou contornos mais épicos devido ao duplo palpite: “… vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD (…)”. Os dados estavam lançados.

“Este é um dos jantares mais impressionantes em que eu já estive fora de tempo eleitoral. Já vi jantares com muita gente, mas fora de eleições nunca vi nenhum com tanta!”, admitiu Paulo Rangel enquanto discursava. Elogiou os jovens. Foram mesmo qualificados como “a surpresa do jantar” pelo dirigente social-democrata. “É absolutamente impressionante a quantidade de jovens com 16, 17, 18 ,19 e 20 anos que estão neste jantar. Em muitos sítios temos tido militantes que em tempos difíceis querem dar a cara. Mas em poucos sítios temos tido tantos jovens como temos aqui esta noite”, disse.

 

António Barbosa “acompanhado da mesma ‘canalha’”

 

Nessa noite só ficou mesmo a faltar o sim de António Barbosa à corrida à Câmara de Monção. Estava mais do que previsível, mas ficou adiado. O líder da concelhia monçanense optou por apontar baterias à então gestão socialista na Câmara de Monção. Não esqueceu ‘farpas’ de 2013 e entrou logo por aí. “Se bem se recordam, António Barbosa era «um rapaz que andava acompanhado de canalha». O rapaz continua exatamente acompanhado da mesma «canalha» e por mais que queira vir. Acredito verdadeiramente no papel dos jovens”, disse o então líder da oposição social-democrata.
“Temos de ter uma Câmara que faça mais e melhor pelas pessoas”, atirou Barbosa. “Estou na Câmara há três anos e não tenham dúvidas de que os problemas essenciais da nossa terra não foram pensados. Quem nos governa, continua a governar da mesma forma que governava há 15 ou 16 anos atrás sem ter-se apercebido que as circunstâncias atuais são completamente distintas”.
Entre outros problemas enunciados, António Barbosa classificou a desertificação como “o maior problema” que Monção enfrenta. “Nos anos 60, Monção tinha cerca de 28 mil habitantes. Para quem tem a ilusão de que o concelho está muito bem, posso dizer-lhes que hoje Monção andará à volta dos 18 mil habitantes. Todos os anos o nosso concelho está a perder cerca de 200 pessoas!”, alertou. “Monção é o concelho do Alto Minho com menor índice de população ativa, com cerca de 61,2%. A média do Alto Minho é de 63,9% e a nível nacional esse valor ultrapassa os 65%. Rapidamente chegamos à conclusão que a taxa de desemprego de Monção é igual ou superior à média do Alto Minho”, concluiu.

 

António Barbosa: “Se calhar nos últimos quatro anos podia ter andado por outros lados, mas nunca quis. A minha preocupação foi sempre fazer algo pela minha terra.”

 

De volta ao presente, já ao leme do Município, António Barbosa continua a sorrir-nos ao recordar essa noite: a forte mobilização… as mais de quatro centenas de militantes que marcaram presença nesse jantar… as bandeiras do partido e os aplausos.

Sobre problemas apontados e compromissos feitos há 365 dias, o agora presidente da Câmara mostra-se até mais firme. “A mim só me preocupa a minha terra, que é Monção. Se calhar nos últimos quatro anos podia ter andado por outros lados, mas nunca quis. A minha preocupação foi sempre fazer algo pela minha terra e é isso que eu quero! Deixar marca… eu e a minha equipa”, realçou o edil monçanense.

 

Noite de 3 de dezembro de 2016 foi uma das mais emblemáticas na caminhada de Barbosa até à conquista da Câmara de Monção

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