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Monção

Monção: Junta de Pias cai após onda de renúncia na Assembleia de Freguesia

25 Setembro, 2018 - 06:14

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A Junta de Freguesia de Pias, em Monção, caiu esta segunda-feira após a renúncia apresentada por seis dos sete elementos da Assembleia de Freguesia. A onda de renúncia acabou por […]

A Junta de Freguesia de Pias, em Monção, caiu esta segunda-feira após a renúncia apresentada por seis dos sete elementos da Assembleia de Freguesia. A onda de renúncia acabou por estender-se a um dos três suplentes da lista independente. A decisão foi apresentada logo no início da reunião ordinária daquele órgão que se viu, assim, impossibilitado de prosseguir os trabalhos devido à inexistência de quorum. “Agora temos de ir novamente a eleições. Vamos comunicar à Câmara”, disse à Rádio Vale do Minho a presidente da Assembleia de Freguesia, Marina Azevedo, que também renunciou ao cargo. “Não contava com a renúncia dos outros elementos. Foi uma surpresa, mas positiva. É sinónimo de que queremos fazer as coisas como devem ser feitas”, referiu Marina Azevedo que já tinha anunciado a renúncia ao cargo antes desta reunião, descartando qualquer hipótese de integrar qualquer lista nas próximas eleições.

No ano passado, recorde-se, apenas a lista independente liderada por Cátia Gonçalves se apresentou a votos para esta Assembleia de Freguesia. Venceu com 79,4% dos votos. Nenhuma outra força partidária apresentou candidatos em Pias. Para a Câmara Municipal, o PSD de António Barbosa venceu nesta freguesia com 52,5% dos votos. O PS de Augusto Domingues ficou-se pelos 38,9%. Já para a Assembleia Municipal, o PSD saiu também vencedor com 50,9%. Os socialistas não foram além dos 36,1%. A taxa de abstenção foi de 38%.

Em julho, Cátia Gonçalves teve de renunciar ao cargo de presidente da Junta depois de recentemente ter assumido funções como Chefe da Divisão de Águas, Saneamento e Ambiente na Câmara Municipal de Monção. No mês seguinte, Agostinho Correia anunciou à Rádio Vale do Minho que assumiria as funções de presidente da Junta de Pias. “Eu era o segundo da lista mais votada. Como tal, assumi o cargo”, disse na altura. Ora, até aqui nada de inédito. Só que Agostinho Correia é precisamente o anterior presidente de Junta que não pôde recandidatar-se em 2017 devido à lei da limitação de mandatos. A polémica instalou-se. As águas agitaram-se, sobretudo mais à esquerda. “Isso não tem lógica! Contraria o espírito da lei que impede que um autarca, passados três mandatos, faça um quarto. A Justiça às vezes surpreende-me e, se isto for legal, volta a surpreender-me”, comentou Augusto Domingues, vereador pelo PS na Câmara Municipal. “Penso que ainda não chegou qualquer parecer oficial ao partido, mas no meu parecer acho que não tem lógica”, reiterou o autarca socialista.

À saída da reunião desta segunda-feira, Agostinho Correia garantiu de imediato à Rádio Vale do Minho que estará na corrida à Junta nas próximas eleições. No entanto, o autarca já não promete assumir a presidência daquele órgão autárquico. “Preciso é de uma equipa de confiança. Preciso de todos!”, exclamou. Questionado sobre se vai voltar a apresentar-se como independente, Agostinho Correia foi taxativo. “O meu partido tem quatro letras: Pias. Esse é que é o meu partido! Pias é que me move!”, respondeu. “É o meu povo que me move e a alegria deles é a minha alegria. Não me importo de trabalhar indo em primeiro, em segundo ou em terceiro”, concluiu.

A Junta de Freguesia de Pias vai comunicar nos próximos dias o sucedido à Câmara Municipal de Monção. Caberá a esta última agendar a data para novas eleições naquela Assembleia de Freguesia.

 

Agostinho Correia garante que vai entrar na próxima corrida à Junta de Pias, mas não promete liderar lista

 

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