Foram encontradas mais quatro mamoas nos baldios de Anhões, em Monção. O anúncio foi feito à Rádio Vale do Minho pela Junta da União de Freguesias de Anhões e Luzio.
Tratam-se de autênticos monumentos megalíticos (ou do que resta deles), com finalidade funerária. Eram cobertos por um montículo de terra e pedras, que envolvia o túmulo megalítico, a que o povo passou a chamar “mamoas”.
Estes monumentos eram quase sempre construídos em locais elevados, destacando-se na paisagem. Neste caso, a Serra da Anta.
A investigação arqueológica esteve a cargo da empresa ERA Arqueologia.
Detalhe de uma das mamoas analisadas na Serra da Anta
[crédito fotografia: ERA Arqueologia]
“As quatro mamoas encontradas distam 100 a 300 metros umas das outras. Nos baldios de Anhões existe agora um conjunto de 10 mamoas”, refere a Junta. Somadas às três mamoas registadas nos baldios da freguesia vizinha de Meruge somam 13.
“Uma delas está na parte mais alta da Serra da Anta, a 798 metros de altitude”.
Detalhe de uma das mamoas analisadas na Serra da Anta
[crédito fotografia: ERA Arqueologia]
“A ERA-Arqueologia, em colaboração com os Baldios de Anhões, a Junta de Freguesia de Merufe e o Município de Monção, empreendeu um ambicioso projeto de investigação e valorização do património megalítico da Serra da Anta. Esta região, como o próprio nome indica, alberga um notável conjunto de monumentos megalíticos pré-históricos que testemunham a ocupação humana da região desde tempos imemoriais”, refere a empresa.
“Através da exploração dos dados LiDAR fornecidos pela CIM Alto Minho, os arqueólogos conseguiram mapear com precisão inédita a distribuição das mamoas na Serra da Anta, identificando novos sítios arqueológicos que até então permaneciam desconhecidos”, prossegue.
Exemplo de mamoa vista a partir dos dados LiDAR da CIM Alto Minho
[crédito fotografia: ERA Arqueologia]
Sobre o achado, os arqueólogos não têm dúvidas.
“Os resultados deste projeto confirmam a importância arqueológica do conjunto megalítico da Serra da Anta, colocando esta região no mapa da investigação pré-histórica a nível nacional e internacional”, refere a ERA Arqueologia.
“Os novos dados obtidos abrem portas para a realização de novos estudos e projetos de estudo e valorização deste património excepcional, contribuindo para a sua preservação patrimonial e divulgação científica e social”, considera.
Visivelmente satisfeita, a Junta de Anhões e Luzio, presidida por Amâncio Alves, faz intenção de “realizar mais estudos” e “divulgar este património nas escolas” do concelho.
Está também prevista a continuidade da aposta no trilho pedestre pelas mamoas, apresentado no passado mês de fevereiro, em mais uma edição do evento O Campo em Festa.
Trilho apresentado no passado mês de fevereiro
[Fonte: Arquivo/UF Anhões e Luzio]
BOAS NOTÍCIAS PARA MONÇÃO.
( Apenas um reparo…o nome da aldeia citada é MERUFE e não MERUGE )