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Monção

Monção: Encontrados mais quatro monumentos com 5 mil anos. “Património excecional”

13 Setembro, 2024 - 02:13

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Resultados colocam “esta região no mapa da investigação pré-histórica a nível nacional e internacional”.

Foram encontradas mais quatro mamoas nos baldios de Anhões, em Monção. O anúncio foi feito à Rádio Vale do Minho pela Junta da União de Freguesias de Anhões e Luzio.

 

Tratam-se de autênticos monumentos megalíticos (ou do que resta deles), com finalidade funerária. Eram cobertos por um montículo de terra e pedras, que envolvia o túmulo megalítico, a que o povo passou a chamar “mamoas”.

 

Estes monumentos eram quase sempre construídos em locais elevados, destacando-se na paisagem. Neste caso, a Serra da Anta.

 

A investigação arqueológica esteve a cargo da empresa ERA Arqueologia.

 

 

 

Detalhe de uma das mamoas analisadas na Serra da Anta

[crédito fotografia: ERA Arqueologia]

 

 

 

“As quatro mamoas encontradas distam 100 a 300 metros umas das outras. Nos baldios de Anhões existe agora um conjunto de 10 mamoas”, refere a Junta. Somadas às três mamoas registadas nos baldios da freguesia vizinha de Meruge somam 13.

 

“Uma delas está na parte mais alta da Serra da Anta, a 798 metros de altitude”.

 

 

 

Detalhe de uma das mamoas analisadas na Serra da Anta

[crédito fotografia: ERA Arqueologia]

 

 

 

“A ERA-Arqueologia, em colaboração com os Baldios de Anhões, a Junta de Freguesia de Merufe e o Município de Monção, empreendeu um ambicioso projeto de investigação e valorização do património megalítico da Serra da Anta. Esta região, como o próprio nome indica, alberga um notável conjunto de monumentos megalíticos pré-históricos que testemunham a ocupação humana da região desde tempos imemoriais”, refere a empresa.

 

“Através da exploração dos dados LiDAR fornecidos pela CIM Alto Minho, os arqueólogos conseguiram mapear com precisão inédita a distribuição das  mamoas na Serra da Anta, identificando novos sítios arqueológicos que até então permaneciam desconhecidos”, prossegue.

 

 

 

Exemplo de mamoa vista a partir dos dados LiDAR da CIM Alto Minho

[crédito fotografia: ERA Arqueologia]

 

 

Sobre o achado, os arqueólogos não têm dúvidas.

 

“Os resultados deste projeto confirmam a importância arqueológica do conjunto megalítico da Serra da Anta, colocando esta região no mapa da investigação pré-histórica a nível nacional e internacional”, refere a ERA Arqueologia.

 

“Os novos dados obtidos abrem portas para a realização de novos estudos e projetos de estudo e valorização deste património excepcional, contribuindo para a sua preservação patrimonial e divulgação científica e social”, considera.

 

Visivelmente satisfeita, a Junta de Anhões e Luzio, presidida por Amâncio Alves, faz intenção de “realizar mais estudos” e “divulgar este património nas escolas” do concelho. 

 

Está também prevista a continuidade da aposta no trilho pedestre pelas mamoas, apresentado no passado mês de fevereiro, em mais uma edição do evento O Campo em Festa.

 

 

Trilho apresentado no passado mês de fevereiro

[Fonte: Arquivo/UF Anhões e Luzio]

 

 

[créditos fotografias capa: ERA Arqueologia]

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