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Monção/Melgaço

Monção e Melgaço radiantes com pesqueiras elevadas a Património – Veja as reações

30 Novembro, 2022 - 12:59

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Anúncio publicado esta quarta-feira em Diário da República.

Manoel Batista e António Barbosa, Presidente de Câmara de Melgaço e de Monção, respetivamente, congratularam-se esta quarta-feira com a inscrição da pesca nas pesqueiras do rio Minho no Inventário Nacional do Património Imaterial, segundo anúncio publicado em Diário da República (DR).

 

“É uma enorme alegria! Era justo e era justa esta luta que estávamos a fazer para esta classificação. Há também que felicitar o Agrupamento Europeu de Coesão Territorial (AECT) Rio Minho que agarrou este processo, e sobretudo o Professor Álvaro Campelo. A ele lhe devemos esta alegria também”, disse o Presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, à Rádio Vale do Minho.

 

“Acho que o território deve celebrar isto. Um território que está quase a celebrar a lampreia como um dos produtos estrela destas nossas pesqueiras. Este ano será certamente mais abundante”, acredita o autarca melgacense.

 

Em jeito de mensagem ao lado de lá, Batista espera que os galegos “avancem também com esta classificação, dado que é a elevação do nosso património a um patamar merecido. São séculos de trabalho, de tradição e de luta de um povo heróico para preservar estas estruturas”, realçou.

 

Mas não é só. “Com esta classificação teremos uma oferta turística ao nível da gastronomia e do património altamente qualificada. Não tenho dúvidas de que esta elevação das pesqueiras será uma boa forma de promovermos o turismo no nosso território”, acrescentou.

 

 

Barbosa: “É o reconhecimento da importância que o rio Minho tem para nós”

No concelho vizinho de Monção, o presidente da Câmara, António Barbosa destacou “o reconhecimento da importância histórica que as pesqueiras têm na história do nosso concelho”.

 

“É um dia feliz para os que cá estão, pescadores e não pescadores. Mas também para os muitos que lutaram por isto durante anos e já não se encontram entre nós”, disse Barbosa à Rádio Vale do Minho.

 

O autarca monçanense destacou ainda que “este é o reconhecimento da importância que o rio Minho tem para nós. É mais um passo na valorização daquele rio que é e deve ser uma riqueza cada vez maior”. 

 

Fronteira natural entre Portugal e a Galiza, em Espanha, o curso internacional do rio Minho concentra, nas duas margens, só no troço de 37 quilómetros, entre Monção e Melgaço, cerca de 900 pesqueiras, “engenhosas armadilhas” da lampreia, do sável, da truta, do salmão ou da savelha. Das 900 pesqueiras existentes no rio Minho, em Portugal estão ativas 160 e, do lado espanhol, cerca de 90.

 

As estruturas antigas em pedra, “umas milenares e outras centenárias”, são descritas como “habilidosos sistemas de muros construídos a partir das margens, que se assumem como barreiras à passagem do peixe, que se via assim obrigado a fugir pelas pequenas aberturas através das quais, coagido pela força da corrente das águas, acabando por ser apanhado em engenhosas armadilhas”.

 

Desde a foz, em Caminha, até Melgaço, o peixe vence mais de 60 quilómetros, numa viagem de luta contra a corrente que termina, para alguns exemplares, em “autênticas fortalezas” construídas a partir das margens, “armadas” com o botirão e a cabaceira, as “artes” permitidas para a captura das diferentes espécies.

 

 

[Fotografias: DR]

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