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Monção

Monção: Casa Museu assinalou os 150 anos do Tratado de Limites Espanha-Portugal

26 Outubro, 2014 - 10:01

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José Viriato Capela reconhece que Portugal é apontado como “um dos mais antigos Estados da Europa, com a persistência quase inalterável dos nossos limites territoriais”.

“A passagem dos 150 anos da assinatura do Tratado de Limites Espanha-Portugal levam a Casa Museu de Monção/UMinho e o Conselho da Cultura Galega a promover um dia de conferências e debates sobre aquele Tratado”, salientou José Viriato Capela, presidente da Unidade Cultural, referindo que esta foi a primeira de uma série de conferências outonais. Esta iniciativa, que decorreu durante este sábado, na sala de Conferências da Casa Museu de Monção, juntou académicos, estudantes e curiosos da questão da delimitação das fronteiras e do iberismo.
José Viriato Capela reconhece que Portugal é apontado como “um dos mais antigos Estados da Europa, com a persistência quase inalterável dos nossos limites territoriais”, acrescentando que “na construção da Nação Portuguesa, a fronteira, os limites e demarcação, entram em muitas explicações”. O presidente da direção da Casa Museu considerou que o Tratado de Limites, assinado em 1864, serviu como “instrumento de convivência entre as duas comunidades [Portugal e Espanha]”, lembrando, a propósito a economia do contrabando, que resistiu até à abolição das fronteiras terrestres.
O presidente do Conselho de Cultura Galega reforçou a ideia de que “as fronteiras agora não são barreiras, nem mesmo as pontes”. Ramon Villares acentuava que “agora que quase não existem fronteiras é que nos preocupam”, lembrando a necessidade de refletir sobre as fronteiras culturais e linguísticas. Consciente do trabalho para desenvolver com as “Conversas da Raia”, o presidente do Conselho de Cultura Galega manifestava vontade em “pensar no passado, não para repetir os erros, mas perspetivar o futuro”.
O vice-presidente do Conselho Cultural da Universidade do Minho esperava que “esta união [Conselho de Cultura Galega e Casa Museu de Monção] dê frutos”. Henrique Barreto Nunes sublinhava que a Unidade Cultural da UMinho continua “a ser um farol da universidade no Alto Minho” e permite a ligação à Galiza.
Recorde-se que em 1852 dá-se início ao processo que culminará em 1864 com a aprovação do Tratado de Limites entre Portugal e Espanha. Foi um trabalho levado a cabo por uma Comissão Mista Internacional, com Instruções que regulam a sua atividade em 1855.
A Comissão teve um laborioso trabalho levado a cabo em inúmeras sessões, redigindo as respetivas Atas. Foi feita uma recolha de extensa documentação histórica, audição de testemunhos, visitas aos locais, levantamentos topográficos, relatórios, etc. Em 1864 a Comissão Diplomática aprova unanimemente os acordos ajustados nas bases de um Tratado de Limites que os governos dos dois países finalmente publicarão.

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