A Junta de Freguesia de Cambeses, em Monção, vai avançar com a patente da Rosca e do Papudo de Cambeses no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A garantia foi deixada este domingo pela própria autarca local, Catarina Lourenço (PS), durante o discurso de abertura da III edição da Festa da Rosca e do Papudo. Um dia que ficou marcado não só pela grande afluência de visitantes à Praça de Nª Srª dos Milagres mas também pelos milhares de roscas vendidas que, de acordo com a organização, “excedeu completamente as expetativas”. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, Catarina Lourenço mostrou-se muito satisfeita com a adesão do público. “Estas rosquinhas já tiveram um enorme significado nesta freguesia. Há uns 30 ou 40 anos não faltavam rosqueiras por cá!”, recordou a autarca socialista. “Esta festa surge precisamente com o objetivo de não deixar morrer a tradição. Pegámos na ideia e tem sido um sucesso. Tem tudo para crescer!”.
O êxito desta doçaria típica foi confirmado pelo próprio presidente da Câmara, António Barbosa (PSD), que também marcou presença na abertura do evento. “Posso dizer-vos que o sucesso é ainda maior do que aquele que temos em Monção! Uma associação deste concelho fez-nos as rosquinhas e os papudos que levámos para o Alvarinho Wine Fest em Lisboa. Todo o material que levámos para lá esgotou logo na sexta-feira à noite”, contou o edil monçanense. “A Associação Os Teimosos trabalhou a noite toda de sexta para sábado para que logo de manhã tivéssemos mais material para o fim-de-semana todo. No sábado, ao final do dia, já estava tudo novamente esgotado. Isto diz muito sobre o valor que essa gente de fora dá a tudo aquilo que é muito típico nosso”, apontou António Barbosa.
Toda a nata do PS em Cambeses
Com o novo mapa autárquico desenhado após as autárquicas de 2017 [vitória do PSD], Cambeses assume-se hoje como um dos mais fortes bastiões socialistas de Monção. A cúpula rosa monçanense esteve em peso na abertura. Augusto Domingues (vereador), Paulo Esteves (vereador e presidente da Concelhia), José Adriano Monteiro Alves (deputado municipal), Carlos Trancoso (deputado municipal), Nelson Azevedo (deputado municipal independente eleito pela lista do PS), Vítor Rodrigues (presidente da Junta de Mazedo e Cortes) e João Luís Domingues (presidente da Junta de Monção e Troviscoso) fizeram questão de brindar com Catarina Lourenço à saúde deste certame. “É uma iniciativa que pode crescer cada vez mais!”, considerou Paulo Esteves aos microfones da Rádio Vale do Minho. “Quer a rosca quer o papudo são doçarias identitárias deste território. Quer queiramos quer não, as receitas perdem-se. Se não houver esta transmissão de saberes de geração em geração, elas perdem-se mesmo. Por isso, em boa hora esta Junta de Freguesia, em colaboração com a Câmara Municipal, decidiu promover este evento”, disse o dirigente socialista.
Durante todo o dia, houve também grande promoção ao Alvarinho. Entre as marcas, o Milacrus, o Cortinha Velha e o 30 Raios. A tarde foi preenchida com muita música. Subiram ao palco os Sons do Gadanha, de Moreira; Cantares do Alvarinho, de Troviscoso; e do Grupo Popular “Os Teimosos”, de Cambeses. Pelo recinto da feira passaram também vários presidentes de Junta de todo o concelho, dos mais variados quadrantes políticos. Esta festa foi organizada pela Junta de Freguesia de Cambeses. Contou com o apoio do Município de Monção.
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