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Monção

Monção: Cadeia para homem que ateou incêndios em Lapela e Longos Vales

1 Outubro, 2022 - 16:56

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Ex-sapador florestal atuou “motivado por incendiarismo”.

O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a medida de coação de prisão preventiva aplicada ao ex-sapador florestal suspeito da autoria dos incêndios em várias freguesias do concelho que aterrorizaram recentemente o concelho e até a Galiza, no passado mês de agosto.

 

A notícia está a ser avançada pelo jornal O Minho, revelando que o Tribunal de Monção aplicou-lhe na altura aquela medida, mas o arguido recorreu para a Relação alegando que era exagerada.

 

Segundo o acordão, citado pelo mesmo jornal, no dia do crime, o arguido pôs-se na berma do lado direito da faixa de rodagem, composta de matos e árvores, ajoelhou-se e ateou fogo ao mato, através de chama direta, usando um isqueiro.

 

Uns metros mais à frente voltou a atear chama direta ao mato.

 

Foram criados dois focos de incêndio que rapidamente se alastraram.

 

A defesa do arguido argumentou com a dependência do álcool. Sugeriu prisão domiciliária. A proposta foi rejeitada pelo Tribunal.

 

Conforme deu conta a Rádio Vale do Minho na altura e segundo a Polícia Judiciária, vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se numa zona onde existem condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente.

 

“Os três incêndios, na sua totalidade, consumiram vasta vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, contabilizada em centenas de hectares, tendo sido extintos pela intervenção dos Bombeiros, que alocaram para os locais elevado número de meios e elementos”, referiu a PJ.

 

“Os locais das freguesias onde ocorreram os incêndios são, recorrentemente, e há vários anos a esta parte, alvo de ignições com natureza dolosa”, acrescenta.

 

O detido, com 46 anos de idade, trabalhador da construção civil e anteriormente sapador florestal, fez uso de viatura e motorizada pessoal, “atuou motivado por incendiarismo”. 

 

Comunicadas as ocorrências a esta Polícia, foram realizadas várias diligências que resultaram na recolha de vasto acervo probatório e permitiram a identificação, localização e detenção fora de flagrante delito do arguido.

 

As chamas destruíram perto de 500 hectares de floresta.

 

 

[Fotografia: DR]

Tópicos:

#Incêndios

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