Ficou em prisão preventiva o ex-sapador florestal suspeito da autoria presumível autor dos incêndios em várias freguesias do concelho que aterrorizaram recentemente o concelho e até a Galiza, avança o jornal O Minho.
Recorde-se que, conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, a Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada terça-feira, fora de flagrante delito, o presumível autor de três incêndios florestais, ocorridos entre os passados dias 21 e 23 de agosto, nas freguesias de Longos Vales, Lapela e Troviscoso, naquele concelho.
Os vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se numa zona onde existem condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente.
“Os três incêndios, na sua totalidade, consumiram vasta vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, contabilizada em centenas de hectares, tendo sido extintos pela intervenção dos Bombeiros, que alocaram para os locais elevado número de meios e elementos”, refere a PJ.
“Os locais das freguesias onde ocorreram os incêndios são, recorrentemente, e há vários anos a esta parte, alvo de ignições com natureza dolosa”, acrescenta.
O detido, com 46 anos de idade, trabalhador da construção civil e anteriormente sapador florestal, fazendo uso de viatura e motorizada pessoal, “terá recorrido a chama direta para as respetivas ignições, e atuou motivado por incendiarismo”.
Comunicadas as ocorrências a esta Polícia, foram realizadas várias diligências que resultaram na recolha de vasto acervo probatório e permitiram a identificação, localização e detenção fora de flagrante delito do arguido.
As chamas destruíram perto de 500 hectares de floresta.
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