Basta ir ao centro da vila durante a noite. As fotografias foram tiradas durante a madrugada desta sexta-feira. Conforme documentam, a iluminação LED não está a cumprir as suas funções da melhor forma. Na Rua da Independência [foto superior], em pleno centro histórico, uma luminária bem que se esforça… mas há toda uma esmagadora parte da rua que está às escuras. Na Praça Deu-la-Deu [primeira foto inferior], sala de visitas do concelho, as luminárias ao redor debitam os luxes para a faixa de rodagem. Porém, a penumbra apoderou-se do centro daquele largo emblemático. O mesmo cenário acontece na Praça da República [segunda foto inferior] onde a faixa de rodagem não tem razão de queixa, mas grande percentagem do jardim encontra-se mergulhado na escuridão.
O problema subiu à reunião de Câmara da passada quarta-feira pela voz de um munícipe durante o período dedicado à intervenção do público. Visivelmente preocupado, o cidadão apelou ao novo Executivo Municipal para tentar encontrar uma solução.
António Barbosa: “Vamos ter de fazer alguma coisa porque a vila está triste, escura e abandonada.”
Na resposta, o presidente da Câmara admitiu que a iluminação pública tornou-se “uma preocupação de todos e que tem de ser resolvida urgentemente”. Em tom firme, António Barbosa admitiu que “Monção é hoje uma vila escura”. “A nova iluminação LED foi instalada com a melhor das intenções, mas vamos ter de fazer alguma coisa porque a vila está triste, escura e abandonada”, classificou. “E isto não acontece só na iluminação! Mas podem ter a certeza de que daqui a quatro anos a vila de Monção terá mudado radicalmente. Digo-vos olhos nos olhos!”, assegurou o edil monçanense ao público presente.
Um mês depois e já o PSD alertava para a ineficácia
Foi em novembro de 2015 que o Município de Monção realizou a substituição da iluminação pública em lâmpada de vapor sódio de 250 W e 150 W por iluminação de tecnologia LED.
O investimento, avaliado em 190 mil euros, contemplou o centro histórico e os principais acessos à localidade. Segundo explicou o presidente da Câmara na altura, Augusto Domingues, a tecnologia LED garantiria a efetivação de dois objetivos: redução dos consumos energéticos e emissões de dióxido de carbono associadas e menor dispêndio monetário na fatura energética.
Bastou um mês de funcionamento para a vereação do PSD ter concluído na altura que as novas luminárias não estavam a cumprir a missão esperada. “Na Praça da República, por exemplo, a iluminação é muito concentrada. Se eu estiver à beira do candeeiro, tenho uma iluminação perfeita. Se andar três metros, fica completamente escuro”, apontou António Babosa, então líder da oposição social-democrata, em reunião do Executivo Municipal realizada em dezembro desse ano.
Na resposta, a vice-presidente da Câmara admitiu que o novo estilo de iluminação deixou alguns pontos do centro histórico às escuras. Conceição Soares [PS] garantiu que esse problema iria ser solucionado. Até hoje, a solução nunca chegou.
A colocação do sistema LED inseriu-se no projeto “Iluminar o Alto Minho”, cuja candidatura apresentada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho ao Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) foi aprovada, em fevereiro passado, num investimento total superior a 2 milhões de euros.
Praça Deu-la Deu e Praça da República
Era urgente a reparação e era também urgente reparar a vergonha das placas com o nome das ruas pois só com óculos de aumento de lê .E agora o número de polícia .vergonhoso.