O presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, abriu esta sexta-feira a Feira do Alvarinho a alertar o Governo para a necessidade da criação de uma DO (Denominação de Origem) própria para a Sub-região Monção&Melgaço.
Um pensamento que tem vindo a ser partilhado nos últimos tempos com o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, que defende igualmente esta ambição.
“Temos de continuar a trilhar este caminho de sucesso com a criação de uma Denominação de Origem (DO). Isto é aquilo em que acreditam dois presidentes de Câmara, mas tem de ser também um acreditar dos produtores e da economia”, referiu António Barbosa no seu discurso.
“Acredito que o futuro passa pela conquista desse estatuto. É um pensamento comum de dois presidentes, mas a decisão final será sempre dos produtores”, frisou o autarca monçanense.
“O vinho Alvarinho, hoje, é muito mais do que um vinho. É parte integrante da nossa identidade coletiva e do nosso sentido de oportunidade”, avaliou Barbosa. “É paixão e saber de sucessivas gerações de viticultores”.
E deixou a certeza.
“Todo o investimento feito pela Câmara Municipal nesta fileira da nossa economia, é essencial para o desenvolvimento concelhio”, sublinhou. Um esforço financeiro que, garantidamente, “traz sempre retorno”.
Isabel Ferreira: “Esta não é uma feira qualquer”
Para esta cerimónia de abertura estava prevista a presença da Ministra da Coesão Territorial. No entanto, apurou a Rádio Vale do Minho, a governante testou positivo à COVID-19 nas últimas horas.
Em substituição, compareceu a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.
A governante mostrou-se rendida ao certame que celebra 25 anos de existência.
“Esta não é uma feira qualquer. É uma feira que parte de um território, a partir daquilo que este território tem que é o seu vinho, particularmente o Alvarinho”, enalteceu.
Isabel Ferreira reconheceu ainda que o Alvarinho “é uma marca embaixadora deste território e do País”.
“Iniciativas como estas são muito importantes para o desenvolvimento desta sub-região e do País”, disse. No entanto, apontou, “isto só é possível porque estamos num território com recursos endógenos valiosíssimos! De um valor impar! Mas foram os atores locais que os souberam trabalhar para trazer ainda mais valor”, saudou a Secretária de Estado.
Veja a galeria de fotos [créditos: Rádio Vale do Minho]
Feira começou a fervilhar logo às primeiras horas
As portas do certame abriram às 12h30 e os primeiros visitantes não tardaram a aparecer. Produtores não tem mãos a medir e os primeiros copos de Alvarinho vão saindo na tenda principal.
São 33 produtores presentes. O número é cheio de simbologia. Não só é uma capicua como também é feito com o mágico três. É um novo recorde de produtores na sub-região Monção&Melgaço em eventos do género.
A marca mais alta que prevalecia até agora estava em 32.
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Descansar e ver as vistas com as mascotes
Outra das novidades que está já a ser um êxito na edição deste ano da Feira do Alvarinho são os bancos entre a zona dos stands e a zona da restauração.
Foram pintados de branco e todos eles decorados com as mascotes do evento, também pintadas à mão, por forma a tornarem-se mais atrativos e convidativos para um momento de descanso a contemplar as vistas para o rio Minho.
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A brilhar desde 1997
A Feira do Alvarinho de Monção surgiu em 1997, na envolvente da antiga estação da CP. Desde então tem crescido consideravelmente.
Após vários anos no Campo da Feira, o certame realiza em 2018 uma mudança histórica para o Parque das Caldas que lhe exponenciou a projeção nacional e internacional.
Assume-se hoje como A Maior Wine Party de Portugal.
A última edição da Feira do Alvarinho, em 2019, foi distinguida com o Prémio Evento do Ano na Gala Alto Minho Ativar IPVC Business Awards 2019.
O evento vai prolongar-se até domingo.
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