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Alto Minho

Modernizar Porto-Vigo custaria menos de metade das indemnizações do TGV – Eixo Atlântico

26 Março, 2012 - 15:04

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O Eixo Atlântico afirmou hoje que a modernização da ligação ferroviária entre Porto e Vigo custaria “menos de metade” das indemnizações que o Governo português terá de pagar pelo cancelamento das obras do TGV.

O Eixo Atlântico afirmou hoje que a modernização da ligação ferroviária entre Porto e Vigo custaria “menos de metade” das indemnizações que o Governo português terá de pagar pelo cancelamento das obras do TGV.

“Enquanto que a indemnização [pelo cancelamento do TGV] às empresas rondará os 300 milhões de euros, que deverão ser pagos inteiramente pelo Governo português, a modernização da linha do Minho custa no máximo 180 milhões de euros, menos de metade, dos quais o governo português só deverá contribuir com 27 milhões”, afirma o Eixo, em comunicado.

Em causa estão 100 quilómetros de linha, entre Nine e Valença, num investimento estimado “até” 180 milhões de euros, que poderia ser comparticipado por fundos comunitários.

“Por outras palavras, os impostos dos portugueses vão pagar 300 milhões de euros em troca de nada e como consequência de decisões políticas erróneas”, diz ainda o Eixo Atlântico, que reúne as 34 maiores cidades da Galiza e do Norte de Portugal.

“Pelo contrário, modernizar a linha do Minho entre Nine e Valença, servindo uma área funcional de dois milhões de pessoas e reativando uma economia muito fragilizada tanto pela crise como pelos erros históricos dos sucessivos governos – sistema de pagamento de portagens – custaria aos cofres portugueses menos da décima parte do que, insistimos, vão pagar para tapar um erro político e administrativo”, acrescenta o comunicado.

Numa reunião realizada em Viana do Castelo, em setembro de 2011, políticos, autarcas, empresários e utentes do Norte e da Galiza aprovaram uma declaração conjunta enviada aos ministros das Obras Públicas de Portugal e Espanha solicitando este investimento “prioritário” na linha ferroviária entre Porto e Vigo.

No documento, os promotores assinalavam que a modernização da linha é “uma pretensão das comunidades do Norte de Portugal e da Galiza”, sendo “tecnicamente financeira e viável” e que pode ser executada “até final deste Quadro Comunitário de Apoio”.

O objetivo passaria por, segundo um estudo realizado sobre as formas de modernização daquela linha, permitir uma viagem entre Porto e Vigo em 75 minutos, para as viagens diretas, apenas com paragens em Barcelos, Viana e Valença.

A redução dos tempos de viagem, atualmente em cerca de três horas, seria conseguida através da eletrificação, com novo material circulante e pela sinalização da linha.

“Revalidamos a nossa petição remetida anteriormente aos dois governos para que a próxima Cimeira Ibérica aprove a ligação Porto-Vigo através da modernização da linha existente e não se cometa de novo outro erro histórico e que uma vez mais tenham de ser os portugueses a pagar com os seus impostos ou com a rutura das suas empresas”, remata o comunicado do Eixo Atlântico, atualmente liderado pelo autarca de Viana do Castelo, José Maria Costa.

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