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Monção/Melgaço

Miguel Queimado: ‘Hermínia Paes foi uma grande pioneira na viticultura’

30 Dezembro, 2015 - 22:59

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Presidente da APA defende que maior homenagem será ‘trabalho conjunto de todos os produtores na promoção do território’.

O presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), Miguel Queimado, lamentou a perda de “uma grande pioneira na nossa sub-região [Monção e Melgaço] quer na viticultura, quer no negócio do vinho, quer no posicionamento dos nossos produtos”. Hermínia D’ Oliveira Paes, proprietária do Palácio da Brejoeira, faleceu esta quarta-feira, aos 97 anos de idade.
Questionado sobre a semelhança que vai sendo feita entre a vida de Dnª. Antónia Ferreira e Dnª. Hermínia D’ Oliveira Paes, o presidente da APA considera que é “um paralelismo feliz”. “Temos a Dnª. Antónia enquanto referência de uma pessoa que marcou toda a história do vinho do Porto e Dnª. Hermínia Paes que foi, realmente, a pessoa que marcou a construção da marca Monção e Melgaço e dos nossos Alvarinhos. É um paralelismo que tem toda a razão de ser”, referiu.
Sócia-fundadora da Associação de Produtores e Engarrafadores de Vinho Verde, sócia-fundadora da Confraria do Vinho Verde, sócia-fundadora da Real Confraria de Vinho Alvarinho, grã-mestre da Confraria de Vinho Verde entre 1989 e 1995, Hermínia D’ Oliveira Paes foi a responsável, na primeira metade da década de 60, pela reestruturação da propriedade e plantação das vinhas de Alvarinho após estudo pormenorizado elaborado pelo engenheiro agrónomo João de Vasconcelos, diretor do posto agrário de Braga.
Sobre o legado deixado pela ‘Senhora da Brejoeira’, o presidente da APA lembra que Hermínia D’ Oliveira Paes “partiu num tempo em que a sub-região é muito mais complexa e muito maior, com muito mais produtores. A lição que podemos tirar, é a perseverança e a paixão sobre o setor. Acima de tudo acreditar que temos um produto com uma diferença formidável e com todo o potencial para continuar a diferenciar-se neste processo de construção”.
Já sobre a possibilidade de homenagear Hermínia D’ Oliveira Paes com uma colheita especial de Alvarinho, Miguel Queimado acredita que a ideia é viável. No entanto, para o presidente da APA, “não há maior homenagem do que um trabalho conjunto de todos os produtores na promoção do nosso território. Com uma visão comum e estrategicamente diferenciadora”.
O funeral de Maria Hermínia D’ Oliveira Paes, cidadã de mérito de Monção (medalha de prata), sairá esta quinta-feira, pelas 10h00, da Capela do Palácio da Brejoeira para a Igreja Paroquial de Pinheiros. Após a celebração da missa de corpo presente, irá a sepultar no cemitério da referida freguesia.

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Link para a notícia: https://www.radiovaledominho.com/#!news-26382

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