PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Caminha
Destaques

Miguel Alves arrasa PSD e lamenta um partido “favorável à destruição do estuário do rio Minho”

21 Maio, 2019 - 08:24

193

0

O presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves (PS), não vê com bons olhos uma ligação rodoviária entre aquele município e os vizinhos espanhóis de La Guardia. A ideia […]

O presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves (PS), não vê com bons olhos uma ligação rodoviária entre aquele município e os vizinhos espanhóis de La Guardia. A ideia tem vindo a ser defendida sobretudo à direita, tendo Liliana Silva, vereadora pelo PSD no Executivo local e deputada na Assembleia da República, como rosto principal.

“O que temos ponderado para o estuário do Rio Minho é a valorização deste espaço. Fazer com que possa ser valorizado do ponto de vista ambiental, de modo a que isso reverta para a economia”. Em tom pragmático, aos microfones da Rádio Vale do Minho, o autarca socialista recuou de imediato ao ano em conquistou a Câmara ao PSD. “A nossa prioridade na relação com a Galiza foi, em primeiro lugar, recuperar uma ligação. Em 2013, quando cheguei à Câmara, o ferry-boat ia terminar. Estava acabado. Tinha levado um tiro de morte dado pela anterior gestão PSD”, contou Miguel Alves.

“Recuperamos o ferry. Fizemos os trabalhos de desassoreamento e queremos continuar a preservar este estuário. Por isso é que eu não defendo que se pretenda, de um momento para o outro, atingir uma zona protegida através de uma obra que terá impactos ambientais fortíssimos, seja uma ponte ou um túnel”, apontou o presidente da Câmara.

 

Miguel Alves: “Não sou a favor de discursos demagógicos! Atualmente não há um cêntimo de fundos europeus para estradas e para este tipo de infraestruturas.”

 

Miguel Alves apontou os canhões à direita. “Também não sou a favor de discursos demagógicos! Atualmente não há um cêntimo de fundos europeus para estradas e para este tipo de infraestruturas”, lembrou. “Estar a defender isto com esta alegria, não é o meu estilo. Há 20 ou 30 anos que oiço falar em promessas de uma ponte e não é também esse o meu estilo”, frisou o dirigente socialista.

Mas o que está então a fazer o PS? “Estamos a preservar a paisagem enquanto património cultural da UNESCO. É para isso que estamos a trabalhar e nesse ponto de vista não cabe nenhuma ponte para estragar estuário e estragar aquilo que queremos do ponto de vista ambiental”.

 

Miguel Alves: “O mesmo PSD, que é contra qualquer intervenção na Serra d’ Arga, mostra-se favorável à destruição do estuário do Minho.”

 

E o fogo cerrado sobre Liliana Silva continuou. “Vejo até com alguma graça, para não dizer com algum enfado, que se esteja a fazer algum discurso sobre o lítio na Serra d’Arga – quando nada de sabe sobre a prospeção naquele local – e depois o mesmo PSD, que é contra qualquer tipo de atuação naquele local, mostra-se favorável à destruição do estuário do Minho”, atirou sem contemplações.

Prosseguiu em estilo irónico. “Isso é tudo muito interessante… é natural que dê muitas palmas e muita alegria em comícios… fica muito simpático defender uma ponte só que não há condições. Não há dinheiro. Seria atacado o estuário e a própria pesca”.

A concluir, Miguel Alves admite que poderá ser estudada uma eventual ligação mas num prazo que pode ir de 30 a 40 anos. “Uma solução que poderá passar por algo muito mais barato e muito menos agressivo do que um túnel ou uma ponte… visto que ainda não percebi muito bem qual é a posição do PSD”, finalizou com um sorriso.

 

PUB

Últimas