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Alto Minho

Marinha: Dispositivo naval abaixo do mínimo mesmo com corvetas de 40 anos em operação

4 Abril, 2012 - 10:51

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A Marinha está a operar com um número de navios abaixo do mínimo de operação para operações de patrulhamento e socorro face ao atraso na entrega, pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), do segundo “patrulha”.

A Marinha está a operar com um número de navios abaixo do mínimo de operação para operações de patrulhamento e socorro face ao atraso na entrega, pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), do segundo “patrulha”.

Segundo explicou hoje à Agência Lusa o comandante Santos Fernandes, a Marinha está a operar um dispositivo naval constituído por seis corvetas com cerca de 40 anos de serviço e o primeiro Navio de Patrulha Oceânico – NRP Viana do Castelo -, construído pelos ENVC, entregue em abril de 2011.

No mesmo ano, mas em abril, a empresa deveria ter entregue o segundo patrulha – NRP Figueira da Foz -, o que ainda não aconteceu pelas conhecidas dificuldades financeiras dos estaleiros para assegurar a aquisição do material em falta, avaliado em cerca de nove milhões de euros.

“A integração do futuro NRP Figueira da Foz no dispositivo virá repor o número mínimo de navios, oito, para assegurar as missões que atualmente são desempenhadas com muito esforço pelas corvetas, e permitirá uma gestão mais eficiente dos meios quer ao nível operacional quer da manutenção”, explicou Santos Fernandes.

Contudo, admitiu, a incorporação do segundo patrulha “não implicará diretamente o abate de nenhum daqueles seis navios”.

Ainda assim, e apesar desta necessidade identificada pela Marinha, os trabalhadores dos ENVC relatam que desde o ano passado que a construção do segundo patrulha, já em fase final, está praticamente parada, precisamente devido ás dificuldades financeiras.

O primeiro par destes novos patrulhas construídos em Viana do Castelo tem um custo estimado superior a 100 milhões de euros. Totalmente desenhados e construídos em Viana do Castelo, têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e uma tripulação de 38 elementos, além de poderem transportar um helicóptero Lynx.

Atualmente, Portugal tem ao serviço para operações de patrulha e socorro, – além do NRP Viana do Castelo – , seis corvetas, distribuídas pelas classes Baptista de Andrade e João Coutinho, uma das quais com 41 anos de serviço.

Além do primeiro par de “patrulhas”, os ENVC deveriam construir mais seis navios do género e cinco lanchas de fiscalização costeira, programa avaliado em cerca de 500 milhões de euros e atualmente sem prazos para concretização.

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