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Liliana Silva, vereadora pelo PSD na Câmara Municipal de Caminha e antiga deputada na Assembleia da República (AR), não desiste da importância de uma ligação rodoviária entre Caminha e a localidade galega de La Guardia, do outro lado do rio Minho.
O ferry boat está avariado e o presidente da Câmara, Miguel Alves (PS), prevê a retoma da navegação apenas em meados do próximo mês de março. Perante este cenário, Liliana Silva foi taxativa nas redes sociais. “E se deixassem de justificar paragens e avarias e lutássemos todos por uma ligação rodoviária internacional efetiva?”, questionou na sua página do facebook.
Mas a ideia é uma ponte ou um túnel? “Essa solução é para os especialistas”, respondeu Liliana Silva à Rádio Vale do Minho no ano passado, num momento em que esta ideia mereceu aplausos por parte do PP espanhol, durante a cerimónia de apresentação de Roberto Carrero, candidato pelo PP à alcaldía de La Guardia
“Nada pode surgir sem ouvir a população e verificar se vai de encontro à vontade maioritária. Isso é que é democracia. Isso é que é uma verdadeira política participativa onde todos contam realmente e fazem parte da solução, antes dos problemas existirem realmente”, realçou a vereadora.
Liliana Silva: “Continuamos mesmo a ver navios e a deixar ao largo da costa o futuro promissor e sustentável de Caminha.”
Com o ferry parado, Liliana Silva mostra-se preocupada. “Estas avarias custam dinheiro ao erário público, mas acima de tudo relembra-nos o quão perto e longe estamos de Espanha. Enquanto se arranja a avaria do ferry, passa o Carnaval, passam os turistas para outros concelhos e passa uma excelente data e oportunidade para Caminha”, apontou.
“Continuamos mesmo a ver navios e a deixar ao largo da costa o futuro promissor e sustentável de Caminha”, acrescentou ainda a vereadora.
O custo para reparar o ferry boat que faz a ligação entre Caminha e a localidade galega de La Guardia vai rondar os 30 mil euros. De acordo com notícia avançada pelo jornal O Caminhense, é esta a quantia que a Câmara caminhense vai ter de desembolsar para arranjar um dos motores.
Parada há vários dias, a Câmara estima que a embarcação apenas volte a navegar apenas em meados de março. “É uma avaria complicada. Estamos a falar de uma embarcação que se aproxima dos 30 anos de vida. Um dos motores deixou de funcionar”, explicou o presidente da Câmara, Miguel Alves àquele periódico.
Paragem prolongada em 2014 trouxe “quebras brutais” nas visitas de espanhóis
Na memória de muitos, está a longa paragem do ferry boat acontecida em 2014. Foi em abril desse ano, mas as razões – de acordo com o Jornal de Notícias – deveram-se a uma renovação do certificado de navegabilidade e para a realização de obras de extração de areias junto ao cais de Caminha.
As previsões apontavam o regresso à normalidade para o final de julho. Entretanto chegou agosto e a embarcação continuava parada. O cenário trouxe preocupação ao Movimento de Empresários de Caminha que falou em “quebras brutais” nas visitas de espanhóis. Uma redução na ordem dos 50 a 60%.
Recorde-se que o ferry boat começou a cruzar o rio Minho em 1995. Caminha é o único concelho do vale do Minho que depende do transporte fluvial para garantir a ligação regular à Galiza, enquanto os restantes quatro concelhos da região dispõem de pontes internacionais.
[Fotografia: FB Liliana Silva]
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Sem dúvida o túnel é uma necessidade. Não se pode estragar uma das mais belas paisagens de Portugal.