Reviravolta no negócio da venda do Palácio da Brejoeira, em Monção. Avança o jornal Público que os novos donos do emblemático edifício são luso-indianos, e não sauditas.
O Palácio foi comprado pela família Mirpuri, dona da companhia de aviação Hi Fly.
Apurou a Rádio Vale do Minho que é a esta companhia que pertence o helicóptero que pousou à entrada daquele palácio em julho do ano passado.
“Tratou-se de uma visita particular”, referiu na altura fonte daquele emblemático edifício à Rádio Vale do Minho sem adiantar mais pormenores.
Sobre o termo “sauditas”, o Público assumiu hoje que escreveu o termo “erradamente”.
Prossegue aquele jornal que várias fontes do sector apontam a família luso-indiana Mirpuri como estando por trás do negócio.
Apurou o Público que a família é dona da empresa Hi Fly, que presta serviços de aviação comercial a diversas companhias.
Os Mirpuri ficaram conhecidos com a criação da Air Luxor, uma companhia de aviação que chegou a querer disputar a hegemonia da TAP mas que acabou insolvente.
O líder da rede empresarial Mirpuri é Paulo Mirpuri, médico, piloto de aviação (já trabalhou na TAP) e apresentado pelo próprio grupo como sendo um “homem de negócios e filantropo”.
O valor do negócio é desconhecido. Recorde-se que, quando foi posto à venda, em 2021, o montante rondava 25 milhões de euros.
Sobre a Brejoeira
O palácio é um edifício de estilo Neoclássico, ainda com influência barroca, foi mandado construir no início do século XIX, por Luís Pereira Velho de Moscoso, Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, entre outras funções honrosa no seio da comunidade Monçanense.
Este mandou edificar o Palácio da Brejoeira, numa antiga quinta de família chamada Quinta do Vale da Rosa.
A Brejoeira sempre produziu vinho, embora sem a importância que assumiu a partir de 1976, altura em que foi lançada a marca PALÁCIO DA BREJOEIRA.
Antes da instalação da vinha de Alvarinho,o vinho era destinado ao consumo familiar ou vendido a granel para pequenas mercearias, com as castas Bracelho, Pedral e Negrão (Vinhão).
Em 1964, Maria Hermínia d’Oliveira Paes procurou o Engenheiro João Simões de Vasconcelos, com quem se aconselhou, iniciando nesse ano,com a assessoria deste na vinicultura, a plantação dos primeiros hectares de vinho Alvarinho.
Contou mais tarde com o apoio do Engenheiro Agrónomo Amândio Galhano, na enologia.
Já em 1974, Maria Hermínia d’Oliveira Paes construiu uma adega com todas as condições necessárias para a produção de vinho Alvarinho e dois anos mais tarde, em 1976, o seu sonho é realizado: é lançado o PALÁCIO DA BREJOEIRA Alvarinho, engarrafado na origem.
Em 2010 abriu pela primeira vez ao público visitas guiadas.
Maria Hermínia d’Oliveira Paes residiu na área privada do Palácio até à data do seu falecimento, que ocorreu a 30 de dezembro de 2015.
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