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Viana do Castelo

Juiz anuncia a 09 de Abril se leva a julgamento acusados de assalto a duas ourivesarias

11 Março, 2010 - 21:19

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Os advogados dos seis homens acusados do assalto à mão armada a duas ourivesarias de Viana do Castelo, em setembro de 2007, defenderam hoje que os arguidos não devem ir a julgamento, por "absoluta" falta de provas.

Os advogados dos seis homens acusados do assalto à mão armada a duas ourivesarias de Viana do Castelo, em setembro de 2007, defenderam hoje que os arguidos não devem ir a julgamento, por "absoluta" falta de provas.
"Não há nenhuma prova de que algum destes arguidos tenha sequer estado em Viana do Castelo, no dia dos factos. Não há uma impressão digital, não há um registo ADN, não há nada", defendeu, durante o debate instrutório, Gabriel Freitas, advogado de um dos acusados.
Miguel Brochado Teixeira, advogado de outro dos arguidos, disse que a investigação "foi ajeitada", já que a polícia "não deu qualquer relevância e colocou na prateleira elementos que eram contrários à tese que interessava para construir a acusação".
"Chegámos ao ponto de ter sete cidadão acusados, quando a acusação diz que só foram seis", sublinhou o causídico, lembrando que um dos alegados assaltantes morreu na sequência de um troca de tiros com a polícia.
"Infelizmente, o inquérito dirigiu-se a uma acusação, quando se deveria ter dirigido à descoberta da verdade. E o resultado é que houve um assalto e os seus autores continuam por aí, a coberto de tudo e de todos. Perdeu-se uma oportunidade de ouro para lhes deitar a mão", acrescentou Brochado Teixeira.
O juiz de instrução criminal anuncia a 09 de abril se leva ou não a julgamento os arguidos e, em caso afirmativo, por que crimes.
O proprietário dos estabelecimentos assaltados, Manuel Freitas, de 70 anos de idade, criticou a "morosidade da Justiça" e, com ironia, disse que espera estar vivo "na altura em que for tomada uma decisão final sobre este processo".
Manuel Freitas acrescentou que o prejuízo do assalto ascendeu a 700 mil euros.
Os factos remontam ao início da tarde de 06 de setembro de 2007, quando um grupo de indivíduos armados assaltou a Ourivesaria Freitas e o Museu da Ourivesaria Tradicional, ambos situados no Centro Histórico de Viana do Castelo e pertencentes ao mesmo proprietário.
Na altura do assalto, os indivíduos envolveram-se numa troca de tiros com a PSP, tendo um deles acabado por morrer, depois de ter sido alvejado por um agente daquela força de segurança.
Os assaltantes fugiram numa carrinha roubada, que viriam a incendiar poucos minutos depois num caminho da freguesia de S. Romão de Neiva, prosseguindo a fuga numa outra viatura, também furtada.
Do tiroteio resultaram ainda quatro feridos, entre os quais um agente da PSP e, o caso mais grave, um transeunte, então com 74 anos que estava numa paragem de autocarro.
O septuagenário foi atingido na coluna, ficando paraplégico.
Dos seis arguidos, atualmente só um está em prisão preventiva, enquanto os outros estão com termo de identidade e residência, a mais leve medida de coação.

FONTE: Lusa

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