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Jorge Mendes, deputado pelo PSD na Assembleia da República, mostrou-se bastante cético em relação à certeza deixada pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) de que os trabalhos na Linha do Minho estarão concluídos em 2020.
A garantia, recorde-se, foi dada esta quarta-feira na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, da qual o parlamentar faz parte.
Após ter ouvido as palavras da IP, o deputado laranja teve resposta pronta. Recuou até 2017, altura em que foi lançado o concurso para a empreitada de eletrificação da Linha do Minho entre Viana do Castelo e Valença. “Disseram nessa altura que a obra estaria pronta dois anos depois. E falava-se no Alfa Pendular no primeiro trimestre de 2020”, recordou Jorge Mendes que, nessa altura, presidia à Câmara de Valença.
“Estamos a perder um tempo precioso para a região!”, atirou o parlamentar. “Se se tivessem cumprido as previsões feitas em março de 2017, estaríamos hoje na viagem inaugural. Estaríamos todos em Valença a realizar uma grande festa”, prosseguiu Jorge Mendes e concluiu com uma questão: “Quando vamos fazer a viagem inaugural?”.
A resposta à questão colocada por Jorge Mendes terá ficado sem data concreta.
Com tração elétrica já concluída entre Nine e Viana do Castelo, a modernização da Linha do Minho foi anunciada em 2011, depois de afastada a possibilidade de encerramento da ligação ferroviária internacional entre a cidade do Porto e Vigo, na Galiza.
Além da eletrificação da Linha do Minho, o projeto de modernização da ligação internacional inclui supressão de passagens de nível, novas subestações, intervenções em túneis e pontes, e instalação de sistemas e telecomunicações sinalização, com um investimento global de 832 milhões de euros.
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