O ex-coliseu de Viana do Castelo já não vai ser inaugurado em 2012, conforme a última perspetiva da autarquia, já que a obra, de 13,1 milhões de euros, só ficará totalmente concluída depois na primavera.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo depois de a inauguração do equipamento, desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e com capacidade máxima para 4.000 pessoas, ter sido anunciada inicialmente para julho e depois para dezembro de 2012.
Segundo José Maria Costa, este novo atraso ficou a dever-se à anulação da adjudicação dos arranjos exteriores, obra de mais de 1,1 milhões de euros, face à insolvência da empresa vencedora do concurso.
“A obra dos arranjos exteriores arrancou agora, em novembro, e vai prologar-se durante quatro ou cinco meses. Por isso, só entre março e abril é que teremos tudo pronto”, admitiu hoje o autarca socialista.
Acrescentou que este atraso no exterior “condicionou” a conclusão do edifício, pela dificuldade na instalação de equipamentos no interior.
Estes trabalhos na envolvente preveem novos acessos pedonais e rodoviários, uma zona relvada e arbórea, além do prolongamento, para a foz, das escadarias de acesso ao rio Lima e o aparcamento específico para autocarros e ligeiros.
Lançada em 2007, esta obra, inicialmente denominada de “Pavilhão Multiusos”, já viveu várias peripécias e chegou a ser suspensa, durante alguns meses, em 2011, por falta de financiamento.
Foi entretanto alvo de uma candidatura à Bolsa de Mérito da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que garantiu 85 % da verba necessária através de fundos comunitários.
Entre arranjos exteriores e a construção propriamente dita, o ex-coliseu vai custar mais de 13,1 milhões de euros.
Agora denominado como Centro Cultural de Viana do Castelo, o edifício tem uma área de implantação de 3.792 metros quadrados com 70,1 metros de comprimento, 54,1 metros de largura e 9,12 metros de altura.
Estará preparado para acolher eventos de grande dimensão como festivais de música, concertos, cinema, congressos, exposições e feiras.
O autarca José Maria Costa garante que o equipamento vai permitir “consolidar” a marginal da cidade, com a praça da Liberdade, projetada por Fernando Távora, e a biblioteca municipal, desenhada por Siza Vieira.
Entretanto, a autarquia está à procura de “parceiros externos” para definir a programação do equipamento e “reduzir custos de produção”, nomeadamente com recurso a eventos nacionais e internacionais “distribuídos em rede”.
“Para que possa ter uma boa e diversificada programação. Há coisas que gostaríamos de fazer mas não vamos ter dinheiro para as executar, teremos de reajustar o programa”, admitiu ainda.
A autarquia assume já ter acordos deste género com a Fundação Serralves e com a coreógrafa vianense Olga Roriz.
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