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Viana do Castelo

Impasse nos estaleiros agrava dificuldades das empresas de Viana

7 Dezembro, 2012 - 12:32

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O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) assumiu hoje que o impasse sobre o futuro dos estaleiros da cidade “não é bom para ninguém” e está a criar dificuldades a outras empresas.

O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) assumiu hoje que o impasse sobre o futuro dos estaleiros da cidade “não é bom para ninguém” e está a criar dificuldades a outras empresas.

“O tempo está a passar, é preciso tomar uma decisão. Assim, como está, é muito mau para a cidade”, afirmou à agência Lusa Luís Ceia, a propósito da indefinição sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), disputados por dois grupos internacionais.

O presidente da AEVC admite que nos últimos dois anos, período durante o qual se acentuou a crise nos estaleiros, várias empresas do concelho que “dependiam” do maior construtor naval português “encerraram ou passaram a estar com grandes dificuldades”.

“Evidentemente que se há menos trabalho nos ENVC isso sente-se nas empresas da região. O que precisamos é de uma solução de longo prazo, ancorada e com recursos de Viana do Castelo, que possa potenciar as empresas locais”, disse ainda Luís Ceia.

Na corrida à compra de 95 % do capital social dos estaleiros, com propostas vinculativas apresentadas em novembro, estão os brasileiros da Rio Nave e os russos da JSC River Sea Industrial Trading.

A 08 de novembro, o Governo recebeu a avaliação técnica realizada pela Empordef – holding pública das indústrias de Defesa – sobre as duas propostas, ambas salvaguardando os cerca de 630 postos de trabalho atuais dos ENVC.

Por sua vez, a 15 de novembro, foi igualmente enviada aos ministérios das Finanças e da Defesa uma avaliação, realizada pela comissão de fiscalização, garantindo o cumprimento dos critérios de transparência no processo.

Desde essa data que a decisão sobre o futuro dono dos ENVC está nas mãos do Governo, devendo ser tomada em Conselho de Ministros até final do ano e ratificada depois em assembleia-geral da empresa, detida totalmente pela Empordef.

“Não sei qual é a solução, mas precisamos de uma mudança e que os estaleiros voltem também eles a ajudar as empresas da região como no passado”, rematou Luís Ceia.

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