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Alto Minho

Grupo português diz que não apresentou proposta pelos Estaleiros de Viana devido a “problema técnico”

6 Novembro, 2012 - 09:26

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O único grupo português que estava na corrida à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) explicou hoje que não apresentou qualquer proposta de compra, dentro do prazo, devido a um “problema técnico”.

O único grupo português que estava na corrida à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) explicou hoje que não apresentou qualquer proposta de compra, dentro do prazo, devido a um “problema técnico”.

Fonte da administração do grupo Atlantic Shipbuilding disse à agência Lusa que existia a “intenção” de apresentar uma proposta vinculativa de compra, o que só não aconteceu devido a um “problema técnico”, mas sem especificar.

“Solicitamos uma prorrogação do prazo para ultrapassar esse problema técnico mas esta nossa pretensão foi recusada pela entidade responsável pela coordenação deste processo”, explicou a administração do grupo português, que em setembro assumiu a gestão dos estaleiros do Mondego.

Aquele grupo justificou o interesse nos ENVC pela “estratégia empresarial global” que tinha para o setor da construção e reparação naval.

Além da Atlantic Shipbuilding, o Governo português convidou mais três grupos de investidores – de um lote inicial, em agosto, de seis – a apresentarem propostas vinculativas de compra dos ENVC no âmbito da reprivatização da empresa.

O prazo terminou na segunda-feira às 10:00 tendo a Empordef recebido três propostas, dos restantes grupos convidados.

No entanto, segundo esclareceu à Lusa fonte da ‘holding’ pública que tutela as indústrias de Defesa, a proposta do grupo norueguês Volstad Maritime deu entrada depois da hora limite pelo que foi excluída do processo.

Na corrida à aquisição de 95% do capital social dos estaleiros continuam assim dois grupos internacionais.

Responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina, a Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, apresentou uma proposta vinculativa de compra dos ENVC e representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais.

O grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa mas desconhecido no setor, fecha este lote de duas empresas que formalizaram ofertas finais pela empresa dentro do prazo estipulado.

Depois de concluída esta fase, a Empordef terá três dias para realizar uma avaliação técnica das mesmas.

A comissão de fiscalização liderada pelo presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, terá que se pronunciar sobre o processo nos cinco dias seguintes.

Ou seja, a partir de 14 de novembro o Governo terá condições para avaliar as propostas, sendo objetivo concluir o processo de reprivatização até final do ano.

Segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada a 29 de agosto, o “preço vinculativo apresentado para a aquisição das ações representativas do capital social” dos ENVC é um dos critérios de seleção desta “venda direta de referência”.

O capital social dos estaleiros é composto por 5,950 milhões de ações, detidas totalmente pela Empordef, com um valor nominal, cada, de cinco euros, o que perfaz um total de 29,9 milhões de euros.

A “salvaguarda dos interesses patrimoniais do Estado” e a “idoneidade, capacidade financeira, técnica e de execução” dos proponentes são também condições de seleção neste processo, além da salvaguarda do maior número de postos de trabalho.

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