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Valença

Grupo espanhol chamado a devolver cerca de 650 mil euros de incentivos

7 Maio, 2012 - 12:15

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O grupo espanhol Rodman deverá ter de devolver cerca de 650 mil euros de incentivos que recebeu para a instalação de uma fábrica em Valença, que deveria empregar 400 pessoas, mas que está fechada desde 2009.

O grupo espanhol Rodman deverá ter de devolver cerca de 650 mil euros de incentivos que recebeu para a instalação de uma fábrica em Valença, que deveria empregar 400 pessoas, mas que está fechada desde 2009.

A informação foi confirmada à Lusa pelo presidente da Câmara de Valença, que solicitou ao Ministério das Finanças a execução coerciva de 150 mil euros, relativamente a um acordo para isenção de imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis e de imposto municipal sobre imóveis, nos últimos cinco anos.

“Existe um acordo do município com a Rodman, mas que não foi cumprido porque a fábrica está fechada. Como tal, pedimos ao Ministério das Finanças a execução coerciva do valor que nos diz respeito e o processo já foi remetido para a repartição de Finanças. Mas do lado do Estado haverá mais cerca de 500 mil euros para serem executados”, explicou Jorge Mendes.

Em Valença, a Rodman previa operar com uma unidade industrial para o fabrico de embarcações especiais e de recreio entre os oito e os 16 metros de comprimento, das gamas ‘Rodman Fisher & Cruise’, empregando tecnologias avançadas em construção naval em poliéster reforçado com fibra de vidro.

Além dos 150 mil euros do município, serão reclamados ainda meio milhão de euros de apoios concedidos pelo Estado Português, sobretudo para formação profissional.

“O problema é que, pelo que sabemos das Finanças, a empresa não tem património em Valença, já que tudo o que existe cá está em nome de uma sociedade de investimentos. As responsabilidades poderão ser pedidas aos gestores, com intervenção das autoridades espanholas”, acrescentou o autarca.

A Agência Lusa tentou obter uma reação junto do grupo Rodman, mas tal não foi possível.

A Rodman Lusitânia, instalada em Valença desde setembro de 2007, contou com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, nomeadamente na compra dos 65 mil metros quadrados de terrenos, instalações e máquinas.

Em causa está uma das mais modernas fábricas instaladas em Portugal e que há mais de cinco anos prometia 400 postos de trabalho, depois de concretizado um investimento de 10,5 milhões de euros.

Contudo, a fábrica está fechada desde 2009 e hoje serve apenas de armazém, fruto da crise vivida pelo grupo em consequência da retração no mercado internacional.

Desde 2008 que o grupo, com sede na Galiza, enfrenta quebras de mais de 60 por cento nas vendas e naquele ano que despediu 45 dos 50 trabalhadores que chegou a contratar para Valença.

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