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Viana do Castelo

Governo remete para “mais tarde” decisão sobre continuidade da única pousada flutuante do país

11 Dezembro, 2012 - 08:13

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O secretário de Estado do Desporto e da Juventude remeteu ontem para “mais tarde” uma decisão sobre a continuidade da única pousada flutuante do país, em Viana do Castelo.

O secretário de Estado do Desporto e da Juventude remeteu ontem para “mais tarde” uma decisão sobre a continuidade da única pousada flutuante do país, em Viana do Castelo.

O tema foi abordado entre Alexandre Mestre e o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, numa altura em que a continuidade da Pousada da Juventude que funciona no antigo navio-hospital Gil Eannes, naquela cidade, está em causa.

No sítio oficial das Pousadas da Juventude na internet, consultado pela agência Lusa, aquela unidade da rede explorada pela Movijovem já aparece como “encerrada temporariamente” a partir de 01 de janeiro de 2013 para “remodelação”.

“Viana do Castelo já tem uma pousada, além da do navio Gil Eannes. Estamos a definir um modelo de gestão e de sustentabilidade para a rede de pousadas e é nessa base que estamos a falar”, disse hoje o governante, sem se comprometer com qualquer cenário futuro.

Segundo o secretário de Estado, até agora “não existia uma modelo de gestão das pousadas”, o qual “está prestes a ser definido”, encontrando-se em discussão no conselho consultivo da juventude, órgão nacional de que fazem parte parceiros sociais e organizações juvenis.

Apesar das insistências dos jornalistas, o governante reservou para “mais tarde” uma decisão sobre o futuro daquela pousada flutuante.

Em Viana do Castelo, Alexandre Mestre reuniu-se hoje com o autarca socialista José Maria Costa, que já se mostrou disponível para renovar um protocolo celebrado em fevereiro último, com o qual o município adquiriu 25 mil euros em dormidas na rede da Movijovem.

Com esta decisão, a câmara evitou na altura o encerramento da única pousada que funciona num navio em Portugal, mas ainda não há acordo para 2013.

Metade do valor atribuído pela autarquia seria gasto em dormidas na própria pousada do antigo navio-hospital, disponibilizadas em iniciativas do município que envolvessem necessidades de alojamento.

Os restantes 12.500 euros foram atribuídos para dormidas de estudantes e desportistas do concelho nas restantes Pousadas da Juventude da rede nacional.

“Se não fosse esta solução, seria o encerramento”, admitiu, na altura, José Maria Costa.

A pousada, com cerca de 60 camas, funciona nas antigas enfermarias do navio-hospital, ancorado há 12 anos na doca de Viana do Castelo e transformado em museu, por onde já passaram meio milhão de pessoas.

Recebe anualmente cerca de 7.000 dormidas, volume que, ainda assim, não é suficiente para cobrir “as despesas de funcionamento acrescidas por estar num navio”, admitiu José Maria Costa.

O presidente da autarquia justifica o interesse em manter esta pousada em funcionamento tendo em conta que o antigo navio de apoio à frota bacalhoeira nacional vai receber, em 2013, o Centro do Mar de Viana do Castelo, aumentando assim a atratividade.

Na cidade de Viana do Castelo funciona outra Pousada da Juventude, mas que, segundo José Maria Costa, “é perfeitamente viável” e “não enfrenta qualquer risco de encerramento”.

A rede de Pousadas da Juventude operada pela Movijovem contava com 40 unidades em funcionamento em novembro.

Contudo, 12 destas, com reduzidas taxas de ocupação, encerram este inverno, temporariamente, e reabrem apenas a 14 de março.

No caso da pousada do Gil Eannes, está em cima da mesa o encerramento total da unidade.

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