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Galiza

Governo galego diz que Portugal tem de “dar mais um passo” para “simplificar” pagamento

24 Abril, 2012 - 16:21

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O presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, afirmou hoje que Portugal precisa de “dar mais um passo” para facilitar o acesso dos utilizadores espanhóis às antigas SCUT.

O presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, afirmou hoje que Portugal precisa de “dar mais um passo” para facilitar o acesso dos utilizadores espanhóis às antigas SCUT.

Apesar de reconhecer o “esforço” do atual Governo para “simplificar os métodos de pagamento”, o líder galego (PP) lembrou que o assunto continua por resolver, face à introdução de portagens, em outubro de 2010, nas antigas SCUT do Norte.

“Creio que é necessário fazer um esforço superior ao que foi feito até agora. Dar um passo mais para estabelecer mecanismos compatíveis de pagamento entre utentes portugueses e espanhóis”, explicou Feijóo.

O ministério da Economia, liderado por Álvaro Santos Pereira, anunciou recentemente que já está definida uma solução para garantir a interoperabilidade dos equipamentos de cobrança eletrónica entre as autoestradas portuguesas e espanholas.

O presidente do governo da Galiza falava em Santiago de Compostela após a receção à nova direção da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), liderada há cerca de um mês e meio por Duarte Vieira.

Deste encontro ficou a garantia dos dois responsáveis para a elaboração de um documento comum com as principais reivindicações, em termos de ligações, entre Galiza e Norte de Portugal, a levar à próxima Cimeira Ibérica, a realizar no Porto a 09 de maio.

Neste estudo será ainda defendida a criação de “áreas funcionais de fronteira”, livres de portagens, abrangendo viagens pendulares de curtas distâncias.

No documento, a apresentar aos governos dos dois países, o executivo galego garante desde já incluir a necessidade de modernização da linha ferroviária entre Porto e Vigo.

“A curto prazo, avançar com a modernização das ligações ferroviárias, sem renunciar ao TGV entre Porto e Vigo. Mas temos que nos adiantar, para melhorar as comunicações ferroviárias, para que sejam rentáveis”, apontou Alberto Núñez Feijóo, criticando o tempo da atual ligação, que “entorpece” a qualidade do serviço.

Nesta área é reivindicada ainda um acordo, tendo em vista o “impulsionamento dos transportes de mercadorias transfronteiriças”.

Assuntos que, segundo Duarte Vieira, motivam a preocupação da CCDR-N, mas cuja decisão depende apenas da Administração Central.

“Esperamos que seja encontrada uma solução rapidamente para que o turismo não seja tão afetado como atualmente”, admitiu o dirigente português, após a primeira reunião conjunta com o executivo galego.

Entre as prioridades da eurorregião, a levar à 25.ª Cimeira Ibérica, conta-se ainda a necessidade de acabar com a aplicação de tarifas de “roaming” nas chamadas das redes móveis para residentes nas áreas transfronteiriças, a gestão partilhada de equipamentos nos dois lados da fronteira e o apoio ao Caminho Português de Santiago de Compostela como “aposta turista comum”.

O Governo Regional da Galiza e a CCDR-N estão já a estudar a possibilidade de apresentação de uma candidatura conjunta para gestão do próximo quadro comunitário de apoio, entre 2014 e 2020, para garantir o previsto incremento de 30 por cento para áreas transfronteiriças europeias e assim aumentar a dotação atual, de 135 milhões de euros.

“Queremos dar um novo impulso à eurorregião através do estreitar de vínculos e demonstrando que continua a ser útil para o desenvolvimento dos dois países, sobretudo pelos momentos de dificuldade que vivem Portugal e Espanha. É uma hipótese histórica que temos de apresentar uma proposta comum para captar fundos comunitários”, defendeu o líder galego.

Segundo o presidente da CCDR-N, no âmbito desta candidatura conjunta serão “definidos projetos concretos para a economia e para o aumento do emprego nas zonas transfronteiriças”.

“Mas preparar em conjunto significa muito, muito trabalho. Não é só procurar novas ideias, mas também novas competências”, rematou Duarte Vieira.

As duas administrações preveem ainda o aprofundamento das relações económicas, por exemplo, com a realização de missões empresariais comuns a países da América latina e de língua oficial portuguesa, entre outras medidas.

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