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Alto Minho

Gangues da Galiza atacam em Portugal

6 Setembro, 2010 - 08:12

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Perigoso cadastrado, agora recapturado por homicídio de um polícia em Vigo, é suspeito de assalto a carrinha de valores em Monção.

A detenção de uma quadrilha de assaltantes espanhóis suspeitos do assassínio de um elemento da Guardia Civil na Galiza esclareceu um assalto violento em Monção. Mas poderá haver mais roubos por galegos na região do Minho.
O roubo de um saco cheio de dinheiro a uma carrinha de transporte de valores nas imediações do supermercado Modelo, em Monção, a 10 de Maio deste ano, estará esclarecido pelas autoridades policiais espanholas, que detiveram uma quadrilha de assaltantes na Galiza.
A investigação da Polícia Nacional, centrada no aluguer de armas de fogo para fazerem assaltos na zona de Vigo, na Galiza, Espanha, que levou à desarticulação da uma perigosa quadrilha alegadamente liderada por José Ángel Martíns Mendoza, conhecido como "Peke", acabaria por confirmar as suspeitas iniciais quanto à autoria do assalto no Alto Minho, em Portugal.
A Polícia Judiciária não quis fazer quaisquer comentários ao DN acerca da provável ligação da quadrilha espanhola ao assalto de Monção, mas existe desde então uma série de contactos entre as forças policiais dos dois países, até porque poderá haver mais situações idênticas. "Peke" seria um dos dois encapuzados que assaltaram a carrinha blindada de transporte de valores e que terá disparado três tiros em direcção aos funcionários da empresa de segurança privada no momento em que tentavam resistir ao assalto. Os dois assaltantes fugiram, então, num BMW para a vizinha província da Galiza.
Mas, segundo o DN apurou junto de fontes policiais quer portuguesas quer espanholas, "Peke" poderá ser julgado em Portugal, embora tal hipótese seja remota. É que o suspeito terá de responder primeiro em Espanha por vários assaltos à mão armada, pelo alegado assassínio do guarda civil Jorge Piñeiro Lorenzo e pelos ferimentos causados a um colega deste, Alfonso Riveiro Cabaleiro. Os agentes da Guardia Civil foram atacados a tiro pela quadrilha em 17 de Agosto, aquando do assalto frustrado à agência da Caixa Galicia de ACañiza, na Galiza.
O que parece fora de hipótese é o possível envolvimento de portugueses no esquema de aluguer de pistolas e revólveres para assaltos a bancos na região da Galiza. Fontes policiais contactadas pelo DN confirmam ser frequente o tráfico de armas de Portugal para Espanha (ver caixa), onde as armas de fogo escasseiam mais do que no nosso País. Mas não no sistema de aluguer, pelo menos que seja do conhecimento da PJ. O que se tem investigado na zona fronteiriça, com mais êxito para Portugal, é o tráfico de explosivos. São os esquemas de dinamite alegadamente destinados para as obras de construção, fora do circuito legal, explosivos que se suspeita serem desviados para grupos terroristas.
Escutas telefónicas realizadas pela Polícia Nacional ao suposto líder do grupo, José Ángel Martíns Mendoza, esclareceram não só os assaltos que o grupo teria realizado e outros que pretenderia fazer. A Polícia Nacional deteve José Ángel "Peke" e dois outros suspeitos, José Vilar e Fernando Condines, por alegada autoria de cinco assaltos a bancos e ainda em vivendas (homejacking), num dos quais foi espancada uma idosa.
"Peke" encontrava-se em liberdade desde Março deste ano, depois de ter cumprido 12 anos de prisão por tentativa de assassínio de dois agentes da polícia de Vigo, em 1998.

FONTE: DN

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