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Alto Minho

Galiza/Norte: Indústrias Criativas faturaram 2,3 mil milhões e garantiam 64 mil empregos em 2009 – estudo

24 Fevereiro, 2012 - 09:37

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As indústrias criativas empregavam, em 2009, no Norte de Portugal e na Galiza, 64.000 pessoas, representando uma faturação superior a 2,3 mil milhões de euros, aponta um estudo a que a Lusa teve acesso.

As indústrias criativas empregavam, em 2009, no Norte de Portugal e na Galiza, 64.000 pessoas, representando uma faturação superior a 2,3 mil milhões de euros, aponta um estudo a que a Lusa teve acesso.

Os dados constam de um trabalho “pioneiro” coordenado pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal, retratando a realidade económica do “setor das Indústrias criativas e culturais” para “evidenciar” o potencial de crescimento e emprego desta área.

Entre os subsetores das indústrias criativas, os autores do estudo incluíram as artes cénicas e plásticas, fotografia, bibliotecas, museus, arquivo e património, audiovisual, música, produto gráfico, rádio, arquitetura, desenho, publicidade e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

“Este setor tem uma vantagem porque o seu recurso principal é ilimitado, que é o capital intelectual e a criatividade. Assim, sem grandes recursos financeiros, pode ter um papel muito importante no aumento da competitividade empresarial e contribuir para o desenvolvimento económico e para a coesão do território”, explica Elvira Vieira, diretora daquele AECT.

Os dados mais recentes, apresentados esta semana em Santiago de Compostela, referem-se à Galiza, onde o estudo identificou, no ano passado, 13.543 empresas afetas às indústrias criativas, ou seja 6,9 por cento do total de empresas daquela região espanhola, empregando 21.263 pessoas.

Dois anos antes, a região faturou, neste área, mais de 1,1 mil milhões de euros. “Destacando-se a produção gráfica, com 60 por cento do total, o audiovisual com 17 por cento e as artes cénicas e música, com dez por cento”, lê-se no estudo.

Do outro lado da fronteira, os dados de 2009 apontavam para a existência de 20.703 empresas do setor, “grande parte” com menos de 10 trabalhadores, representando seis por cento do tecido empresarial do Norte de Portugal.

A faturação no Norte ascendeu a 1,2 mil milhões de euros, sendo que 70 por cento do volume de negócios correspondeu à produção gráfica, seguido do audiovisual (seis por cento) e das artes cénicas (três por cento).

Em 2009, o setor representava 43.355 postos de trabalho no Norte de Portugal.

“Parece evidente que o impulso das indústrias culturais e criativas se caracterize como uma fonte de oportunidades de geração de emprego e riqueza para a eurorregião, pela dimensão histórica, cultural e patrimonial. Devem obrigatoriamente ter um papel de destaque nas agendas políticas do governo português e no governo galego”, defende Elvira Vieira.

Acrescenta que o setor “é dinâmico e tem capacidade para gerar emprego”, mas deve ser “dinamizado em alturas de crise”.

“Pela criação de valor que pode gerar, pelo potencial de empreendedorismo e inovação. Além disso, não nos podemos esquecer do efeito que tem nos outros setores de atividade da eurorregião, nomeadamente no campo das tecnologias de informação, das comunicações, turismo, entre outros”, concluiu.

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