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Galiza

Galiza: Quantos quilos de ‘bolinhas brancas’ podem dar à costa galega, afinal? (os números são assustadores)

8 Janeiro, 2024 - 18:47

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Ambiente.

Na Galiza já lhe chamam “maré branca” e estabelecem-se paralelos com a tragédia ambiental provocada pelo Prestige, há duas décadas.

 

No todal, anunciou esta segunda-feira o Governo galego, o navio que navegava ao largo de Viana do Castelo perdeu 26.250 kg de bolinhas brancas

 

Estas bolinhas são popularmente conhecidas por lágrimas de sereia. Tratam-se de pellets de plástico, componentes em diversos produtos feitos à base deste material. 

 

Especialistas alertam que representam “um perigo imenso para o ecossistema marinho”.

 

Para além de serem “altamente tóxicos”, atraem outras toxinas tornando-se uma esponja altamente poluente.

 

Nesta altura há dezenas de praias galegas afetadas. Pelos areais, autoridades e associações ambientalistas vão apanhando aos milhares destas esferas que, segundo o jornal Quincemil, libertaram-se há dias do navio acidentalmente.

 

Ao mar caíram 1.050 sacos, com 25 kg cada um.

 

Os sacos encontrados mostram o nome Bedeko Europe, uma empresa polaca na área dos materiais plásticos.

 

 

 

Praias afetadas na Galiza

[Fonte: NoiaLimpa]

 

 

 

 

Porque são tão perigosos?

Para além de serem altamente tóxicos, são também de pequena dimensão. Aves e outros animais marinhos confundem-nos facilmente com ovas de peixe. Ao digeri-los, as pequenas esferas acumulam-se no estômago, o que pode levar à morte do animal.

 

 

 

 

[Fotografia: NoiaLimpa]

 

 

 

Cerca de 230 mil toneladas de pellets nos oceanos… todos os anos!

Segundo o portal Executive Digest, todos os anos chegam aos oceanos cerca de 230 mil toneladas de pellets, o que equivale a cerca de 15 mil milhões de garrafas plásticas.

 

Um flagelo que tem afetado as praias de todo o mundo, sobretudo as que estão concentradas em áreas industriais.

 

 

 

[Fotografia: NoiaLimpa]

 

 

 

Os ingleses chamam-lhes nurdles.

 

Conseguem persistir na água durante décadas, o que torna virtualmente impossível provar a sua origem – como resultado, em vez de fabricantes ou Governos assumirem a sua responsabilidade, muitas vezes cabe a pequenos grupos de voluntários lutar contra esta verdadeira maré de plástico.

 

Desde que o plástico existe, já foram encontrados em todos os continentes, à exceção da Antártida. Das Ilhas Galápagos ou Círculo Ártico.

 

 

 

[Fotografias capa: NoiaLimpa]

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