PUB
Todas as praias da cidade da Corunha, na Galiza, foram encerradas este domingo pelo Município local. De acordo com a autarquia, o fecho deve-se a uma “aparição massiva” de caravelas portuguesas (Physalia physalis) nos areais.
As caravelas portuguesas são atrativas, com acores translúcidas e brilhantes. No entanto, não é aconselhável chegar-se perto delas. Isto porque debaixo da carapaça mole escondem-se tentáculos compridos, até 20 metros, que têm cnidócitos venenosos.
Conforme explica a National Geographic, estes cnidócitos são células urticantes, recheadas de filamentos que libertam as toxinas da caravela portuguesa, quando em contacto com a pele, por exemplo.
Veneno semelhante à aranha Viúva-negra
O veneno da caravela portuguesa é, de certa forma, parecido ao da aranha Viúva-negra, que provoca dores muito fortes, queimaduras que podem ser até de terceiro grau, e em casos mais extremos, reações alérgicas graves acompanhadas de arritmias, náuseas e necrose do tecido. As queimaduras provocadas pelo contacto com os tentáculos provocam cicatrizes, em certos casos, permanentes.
Caravelas portuguesas detetadas este domingo nas praias da Corunha
[Fonte: Twitter Concello da Coruña]
A caravela portuguesa não nada, ao contrário das alforrecas, mas flutua. Move-se pelos oceanos empurrada pelo vento, e o pólipo que constitui a “cabeça” da colónia mantém-se à tona. O nome comum da Physalia Physalis vem do formato da parte que flutua: parece-se muito com um chapéu usado pelos marinheiros medievais portugueses, ou até com as caravelas usadas, razão pela qual foi apelidada de caravela portuguesa.
Até ao momento, o Município da Corunha ainda não adiantou qualquer data para a reabertura das praias.
PUB
Comentários: 0
0
0