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A bola de fogo avistada ao princípio da manhã desta terça-feira eram, afinal, destroços dispersos de um foguete Soyuz russo lançado no passado dia 25 de abril, no Cazaquistão, para transportar suprimentos à Estação Espacial Internacional. A garantia foi deixada pelo Observatório da Universidade de Santiago de Compostela à Antena 3 espanhola.
“Quando a aeronave terminou a operação, os seus restos começaram a cair orbitando a Terra. Os fragmentos entraram na atmosfera, onde se desintegraram e acabaram por cair a cerca de 50 quilômetros da costa da Corunha”, explicaram os especialistas.
Segundo após ser divulgado nas redes sociais, o vídeo do fenómeno captado na Corunha viralizou entre os internautas. Centenas e centenas de partilhas. Procuraram-se explicações para o objeto que cruzou os céus da Galiza ao princípio da manhã desta terça-feira. Não tardaram. Bastou olhar para o calendário.
Foram às dezenas a garantir que corpo rochoso avistado era o 52768 (1998 OR2), descoberto pela NASA em 1998 com um diâmetro compreendido entre 1,8 e 4 quilómetros. Caso colidisse com a Terra, teria dimensão para causar efeitos globais. Foi, por isso, catalogado pela NASA como “objeto potencialmente perigoso”.
Durante a tarde, esta hipótese foi categoricamente negada aos microfones da Rádio Vale do Minho por Afonso Reis, um entusiasta da astronomia natural de Paredes de Coura, para quem se tratou “de um simples meteorito que entrou na atmosfera terrestre”. Assegurava ainda o entusiasta que “um objeto com um quilómetro de diâmetro e a seis milhões de quilómetros de distância nunca poderia ser visto a olho nu” a partir do nosso planeta.
Desfeitas as dúvidas, resta referir que Soyuz é o nome de uma família de veículos de lançamento descartáveis [foguetes]. Começaram a ser desenvolvidos na antiga União Soviética em 1960. Continuam a ser fabricados na Rússia.
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