O esquema duraria há meses. Faziam passar-se por colaboradores de entidades beneficentes e convidavam os peregrinos de Santiago a contribuir para a causa.
A Guardia Civil colocou um ponto final à situação esta segunda-feira, com a detenção de quatro suspeitos, de nacionalidade romena, com idades entre os 20 e os 50 anos, todos residentes na província de Lugo, na Galiza.
Estão acusados de crime de fraude continuada, falsificação de documentos e invasão de propriedade.
Segundo o jornal Quincemil, os suspeitos faziam passar-se por colaboradores de entidades beneficentes. Atuavam no Caminho de Santiago, sobretudo na zona de Lugo. Abordavam os peregrinos e pediam doações “de forma insistente e várias vezes obstruindo a passagem daqueles”.
Mulheres pediam donativos e “guardavam na roupa interior”
Dado o relevante número de queixas e denúncias registadas, a Guardia Civil procedeu às investigações. Intensificou a vigilância no Caminho por forma a localizar os suspeitos que, concluiu a autoridade, “atuavam de forma organizada”.
“Enquanto as mulheres se dedicavam a pedir donativos, os homens vigiavam. Elas guardavam o dinheiro na roupa interior para dificultar o trabalho da polícia”, descreve a Guardia Civil citada pelo mesmo jornal.
O grupo atuava várias vezes no Caminho Francês.
A Guardia Civil estima que o grupo estaria “a arrecadar 4.000 a 5.000 euros por mês” com aquela atividade criminosa.
Os detidos vão ser presentes esta terça-feira ao Tribunal de Sarria, na província de Lugo.
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