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Fronteiras: Mulheres com emprego na indústria são as mais afetadas pelo fecho

23 Março, 2021 - 18:43

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Mulher com emprego no setor industrial. É este o perfil do trabalhador transfronteiriço mais afetado pelo encerramento de fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha, que dura desde final de janeiro. A conclusão é de um estudo do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho que analisou 200 testemunhos recolhidos, de forma voluntária, entre 2 e 18 de março.

Um dos dados estatísticos “mais relevantes” é a diferença significativa no que respeita ao género das pessoas registadas, já que 62% são mulheres e 37% são homens.

Quanto ao setor económico prevalecente, a análise efetuada revela que o setor industrial é o que emprega um maior número de pessoas (50%), seguido do setor de serviços, do comércio e, finalmente, da administração e serviços públicos.

Quando questionados sobre o maior prejuízo provocado pelo encerramento de fronteiras, os testemunhos incidem sobre o grave aumento da distância e tempo na deslocação entre a residência e o local trabalho e vice-versa, por serem obrigados a fazer grandes desvios da rota, assim como a aguardar nos pontos de controlo.

Há ainda 25.29% dos afetados acusam um incremento notável no custo das suas deslocações, algo compatível com a primeira causa; 12.94% das pessoas comunicam que a atual situação foi mesmo impeditiva para se apresentar ao posto de trabalho; e 1,76% da amostra alegou um prejuízo puramente económico, derivado da diminuição do número de clientes oriundos da outra margem.

O lançamento deste registo voluntários online, e a respetiva análise, revela que “o restabelecimento da fronteira entre os dois estados ibéricos, acordado a 31 de janeiro de 2021, apresenta-se como um retrocesso a todos os níveis para o território do rio Minho transfronteiriço, em particular os impactos sociais e económicos, corroborado que ambos os governos desconhecem a real situação que se vive neste território comum”, refere o AECT Rio Minho.

O formulário em causa continua disponível online no website smartminho.eu, solicitando dados relativos ao tipo de prejuízo sofrido pelas trabalhadoras e trabalhadores transfronteiriços, como perdas de tempo, aumento de custos da viagem ou redução de clientes.

O objetivo desta recolha é que possam “servir de base reivindicativa de compensações para o território, a ser remetida às entidades nacionais e europeias competentes”.

O encerramento da fronteira entre Portugal e Espanha, decretado a 31 de janeiro deste ano, continuará em vigor pelo menos até dia 5 de abril, mantendo-se unicamente aberto 24 horas o ponto autorizado de Valença-Tui e parcialmente os de Monção-Salvaterra, Melgaço-Arbo e Ponte da Barca-Lóbios, com seis horas diárias para pessoas com necessidade acreditada para cruzar a raia minhota.

 

[Fotografia: Arquivo / Rádio Vale do Minho]

 

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