PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Destaques
Vale do Minho

Fronteiras: Cartão de Eurocidadão está mais próximo de ser uma realidade

26 Junho, 2020 - 09:21

286

0

PUB O Governo português mostrou-se agradado com a ideia de um cartão de cidadão para os residentes em territórios transfronteiriços. A notícia está a ser avançada pelo jornal O Minho […]

PUB

O Governo português mostrou-se agradado com a ideia de um cartão de cidadão para os residentes em territórios transfronteiriços. A notícia está a ser avançada pelo jornal O Minho e dá conta de que o Executivo de António Costa tem  praticamente pronta a proposta de estratégia de desenvolvimento transfronteiriço que quer fazer da raia um espaço onde não se note que há fronteira”, informou esta sexta-feira a secretária de Estado da Valorização do Interior citada por aquele órgão de informação.

Para além do ambicionado cartão de eurocidadão, estão também a ser pensadas novas medidas no acesso a saúde, educação, cultura sem constrangimentos de um lado e do outro.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira e vice-presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriço, Fernando Nogueira, já se mostrou satisfeito. Considera que estes pontos vão ao encontro do que é reivindicado pelos autarcas.

Esta estratégia, refere ainda O Minho, está a ser articulada com Espanha e deverá ser aprovada na próxima cimeira ibérica apontada para “outubro ou novembro”, segundo a secretária de Estado.

A Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço com Espanha foi aprovada em Conselho de Ministros, em fevereiro, em Bragança, e os dois países aproveitaram o período de confinamento para várias reuniões bilaterais.

Recorde-se que o Cartão de Eurocidadão foi uma das medidas de recuperação dos territórios transfronteiriços apresentadas há dias, na ponte que liga Melgaço ao município galego de Arbo.

Conforme referiu o presidente do AECT Rio Minho, Úxio Benitez, trata-se de “um cartão que identifique cada pessoa que viva nestes territórios e que faça a sua vida de um lado e do outro do rio Minho”, explicou. “Isto para que no futuro, se voltarmos a ter de fechar fronteiras, as nossas populações não saiam prejudicadas”.

Em tom firme, o responsável lembra que esta pandemia teve e está a ter um “duplo impacto negativo” sobre estes concelhos de fronteira. “O derivado do COVID-19, como no resto dos países, e o específico da penalização do restabelecimento das fronteiras”, apontou.

A fechar o discurso, Benitez voltou a carregar na ideia de que o Vale do Minho “deve ser compensado por ter tido as fronteiras fechadas durante os últimos meses. Foi um muro de Berlim que nos puseram aqui!”.

 

O que é o AECT Rio Minho?

 

O AECT Rio Minho, com sede em Valença, foi criado em 2018 e abrange um total de 26 concelhos: dez da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra com ligação ao rio Minho.

Os dois sócios principais do AECT são a CIM Alto Minho e a Deputación de Pontevedra, que aglutinam 10 municípios do Alto Minho, e 16 concelhos da Deputacion Pontevedra, abrangendo mais de três mil quilómetros quadrados de território e 375.995 habitantes.

A criação do AECT Rio Minho foi impulsionada pelas ações de Estratégia de Cooperação Inteligente Transfronteiriça do projeto Smart Minho, que conta com uma dotação de 942.022,47 euros, cofinanciado ao 75% pelo programa INTERREG VA POCTEP, fundos FEDER da União Europeia.

 

Fotografia: Arquivo / DR]

 

PUB

Últimas