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Fronteiras: “Ambiente infernal” e desespero – AECT fala em “ruína socioeconómica”

20 Abril, 2021 - 18:20

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O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho classificou de “inferno” o “ambiente” vivido esta terça-feira de manhã na fronteira entre Valença e Tui, na Galiza, apelando ao fim […]

O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho classificou de “inferno” o “ambiente” vivido esta terça-feira de manhã na fronteira entre Valença e Tui, na Galiza, apelando ao fim do “calvário” de trabalhadores e empresários transfronteiriços.

Conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, à semelhança dos outros dias a fila estendeu-se por quilómetros. Mas a chuva veio dificultar ainda mais a situação.

“Legalmente não sabemos o que fazer mais. Intervenções ilegais? Não sabemos fazer”, refere o AECT Rio Minho numa nota enviada à imprensa.

O agrupamento reafirmou “a necessidade de reabertura urgente das fronteiras, bem como a compensação financeira para trabalhadores e empresários transfronteiriços, devido aos elevados prejuízos provocados por esta decisão injusta e desproporcionada, no tempo e na forma”.

“Os responsáveis políticos por esta ruína socioeconómica transfronteiriça têm de assumir as suas responsabilidades”, sustenta o agrupamento com sede em Valença.

 

 

“Ambiente infernal”

 

 

Na manhã desta terça-feira, segundo o AECT Rio Minho, “o ponto de passagem autorizado Valença-Tui, viveu, um ambiente infernal, com dezenas de quilómetros de filas para entrar em Portugal, com a passagem pelo controlo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras a demorar uma média de duas horas”.

“Ao buzinão audível de revolta, vários trabalhadores transfronteiriços fizeram chegar o seu testemunho desesperante ao AECT Rio Minho, por email, telefone, nas redes sociais”, descreveu.

“Apesar de evocar sensibilidade para o assunto, o ministro da Administração Interna do Governo de Portugal, Eduardo Cabrita, tem mantido uma posição completamente inflexível e intransigente, sendo da sua inteira responsabilidade e competência esta afronta aos trabalhadores e empresários transfronteiriços”, sustentou o agrupamento.

Segundo o AECT Rio Minho, “quer no primeiro confinamento em 2020, quer neste segundo encerramento de fronteiras decretado no início do ano, o município de Vila Nova de Cerveira e o AECT Rio Minho encetaram todas as diligências consideradas legalmente disponíveis”.

“Nunca quisemos colocar em causa a defesa da saúde pública. Apenas queremos que haja bom senso político para com os milhares de trabalhadores e empresários transfronteiriços, e que vivem diariamente um calvário, um desgaste físico e emocional para exercer as suas funções laborais, sendo afunilados por um único ponto de passagem autorizado”, sustentou.

No distrito de Viana do Castelo, existe apenas um Ponto de Passagem Autorizado (PPA) aberto 24 horas por dia, em Valença. Existem depois três passagens que abrem entre as 6h00 e as 9h00 e entre as 17h00 e as 20h00: Monção/Salvaterra de Miño; Melgaço/Arbo e ainda, mais recentemente, a fronteira do Lindoso, em Ponte da Barca.

 

[Fotografia: José Pereira]

 

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