Sucessivas ações de fiscalização protagonizadas pela GNR, nos últimos dias, a estabelecimentos comerciais de Monção e Valença têm motivado o descontentamento dos proprietários.
Segundo o que a RVM apurou, a atuação dos agentes policiais tem incidido no comércio tradicional com produtos para venda no exterior das lojas e outros elementos decoradores que ocupam os espaços públicos.
Contatado, o presidente da Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço (ACICMM) não contesta medidas que queiram impôr a legalidade, mas salienta que “não é a melhor altura”. Américo Reis diz que “custa aceitar este tipo de intervenção na retirada de produtos caraterísiticos expostos fora das portas, uma vez que representam um chamariz para clientes”.
Do feedeback que tem mantido, alguns associados admitem prejuíos elevados sobretudo na perda de clientes. Américo reis realça mais um fator de desmotivação para micro e pequenas empresas tradicionais já afetadas pela crise.
A associação já reuniu com a câmara municipal e vai manter contatos mais próximos, a partir de segunda-feira, com os empresários, com o objetivo de tentar arranjar um compromisso entre as partes envolvidas para que não se façam ações “tão radicais e agressivas, cortando usos e costumes, e tradições de forma abrupta”.
Américo Reis não tem dúvidas de que esta atuação da GNR pode contribuir para mais dificuldades do comércio tradicional, implicando até o encerramento de estabelecimentos.
Entretanto, a ACICMM tem alertado os associados para estas ações de fiscalização da GNR, apelando a que tenham em atenção as exigências legais ao nível do licenciamento, horários e quadro de pessoal.
A ACICMM denuncia e critica ações de fiscalizações da GNR a estabelecimentos comerciais de Monção e Valença, classificando-as de “radicais e agressivas” e que podem ditar encerramentos.
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