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Caminha

Ferryboat que liga à Galiza para a 06 de junho sem certezas sobre o regresso

29 Maio, 2012 - 08:24

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O ferryboat que liga Caminha a La Guardia vai parar, a 06 de junho, devido à caducidade do certificado de navegabilidade e não há garantia de regresso face ao atraso nos pagamentos por parte daquele município galego.

O ferryboat que liga Caminha a La Guardia vai parar, a 06 de junho, devido à caducidade do certificado de navegabilidade e não há garantia de regresso face ao atraso nos pagamentos por parte daquele município galego.

A posição foi avançada à Agência Lusa por fonte do gabinete da autarca de Caminha, Júlia Paula Costa, que garante que o ferryboat só será intervencionado, com vista a revalidar o certificado de navegabilidade, caso o município galego liquide, entretanto, os valores em atraso.

“Essa intervenção só acontecerá quando La Guardia saldar os valores em atraso, o que ainda não aconteceu, apesar das garantias que foram dadas”, explicou a fonte, avaliando em cerca de 50 mil euros os trabalhos necessários no “Santa Rita de Cássia”.

Em abril, quando a questão foi tornada pública pelo município de Caminha, o alcaide galego garantiu que durante o mês de maio seriam pagos cerca de 200 mil euros à Câmara de Caminha, relativamente à exploração do ferryboat.

Esta posição surgiu depois de Júlia Paula Costa ter ameaçado suspender a ligação fluvial pelo rio Minho.

“Temos intenção de cumprir os compromissos e, dentro das nossas possibilidades, é o que temos feito. Em 2011, deveríamos ter feito dois pagamentos, mas só fizemos um, porque temos problemas de liquidez”, admitiu na altura, à Lusa, o alcaide galego José Manuel Freitas.

Ainda assim, embora sem precisar a data, garantiu que, “durante o mês de maio”, a Câmara de Caminha receberá essa transferência, correspondente a um pagamento em dívida do ano passado.

A 26 de abril de 2010, a Câmara de Caminha chegou a um entendimento com os vizinhos galegos para um “plano de pagamentos” que previa, em 2010, o débito do ano de 2008, de mais de 116.900 euros.

Em 2011, os débitos dos anos de 2007 (194.800 euros) e de 2009 (133.500 euros) e, no ano de 2012, seriam pagos os débitos de 2006 (186.000 euros) e de 2010 (198.000 euros).

“Está em falta o pagamento referente ao ano de 2007, que deveria ter sido liquidado até ao dia 31 de dezembro do ano passado, no valor de 194.812,07 euros. Está também em falta o valor referente ao ano de 2011, que não foi incluído no plano de pagamentos, elaborado em 2010, por se considerar que no ano seguinte o município de La Guardia pagaria as contas devidamente, não ficando também esse ano em dívida, o que afinal não aconteceu”, afirmou o município português.

O executivo liderado por Júlia Paula Costa lembra que os valores de 2012 “ainda não começaram a ser regularizados” e coloca a dívida total do município de La Guardia em 1.143.315,34 euros, referente às operações realizadas entre 1995 e 2006.

“O município de Caminha não está disposto a suportar esta despesa unilateralmente”, explicou a autarquia, ameaçando assim com a paragem do barco.

Desde setembro, esta é já segunda vez que a Câmara ameaça suspender a operação, depois de resolvido o problema do desassoreamento do canal de navegação do rio Minho, operação concluída em janeiro e que foi suportada pelas instituições espanholas.

Agora, “depois de uma postura de tolerância constante e de flexibilidade”, além de “reuniões sucessivas”, a autarquia de Caminha diz que não pode continuar a “suportar sozinha” estas despesas.

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