Os produtos de Monção passam a ter exclusividade total na Feira do Alvarinho. O certame, recorde-se, está já marcado para os próximos dias 29, 30 de junho e 1 de julho. O novo regulamento foi aprovado por unanimidade esta quinta-feira, em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Cambeses. “São normas totalmente exclusivas para Monção, exceção feita obviamente ao vinho Alvarinho porque faz parte da sub-região Monção e Melgaço. Mas em termos de produtos, seja em termos de restauração ou artesanato, serão todos locais”, garantiu à Rádio Vale do Minho o vereador da Cultura, João Oliveira. “Pretendemos divulgar o que é nosso e temos tanta coisa para divulgar!”, acrescentou.
Com a aprovação deste novo regulamento, a maioria social-democrata dá seguimento ao que vinha defendendo enquanto oposição no anterior mandato em que a Câmara Municipal de Monção era gerida pelo PS. Em 2015, por exemplo, na hora de fazer o balanço da edição desse ano da Feira do Alvarinho, o então vereador António Barbosa [hoje presidente da Câmara] apontou algumas falhas. O autarca chamou na altura a atenção para a presença de produtores fora do concelho na tenda principal. O PSD defendia que deveria ser aberta exceção a Melgaço mas não compreendia, por exemplo, “ter alheiras de Mirandela a fazer concorrência com talhos nossos com alheiras de excelência à venda”. A posição viria a ser repetida nos anos seguintes. Transformou-se em norma esta quinta-feira.
Títulos da Rádio Vale do Minho geraram momento de boa disposição
Durante a abordagem deste tema, subiu à mesa a já noticiada mudança do certame para o Parque das Caldas. O presidente da Câmara voltou a garantir que a segurança será reforçada. A vereação socialista não se opôs à transição e Paulo Esteves acabou até por lembrar uma expressão do anterior presidente da Câmara que deu título a uma notícia da Rádio Vale do Minho emitida e publicada em julho de 2016: “Às tantas para o ano ainda vamos ter de empurrar as muralhas!”.
O polaroid sacado por Paulo Esteves gerou gargalhadas no público, mas António Barbosa não perdoou. Pegou no baralho. Atirou outra carta para a mesa e lembrou uma outra notícia da Rádio Vale do Minho. Desta vez durante a campanha eleitoral do ano passado onde o PSD conseguiu mobilizar quase duas mil pessoas num almoço realizado no Campo da Feira. O título, obviamente, foi inspirado na expressão que ficou na memória de todos: Barbosa mobilizou 1800 e quase precisou de ‘empurrar’ muralhas. Nova gargalhada geral.
[Fotografia: Direitos Reservados]
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