O presidente da Câmara de Monção (PSD) assumiu que a autarquia está disposta a abrir portas aos fumeiros de Melgaço a partir do próximo ano. O assunto foi levantado em Assembleia Municipal pelo deputado socialista José Adriano Monteiro Alves, que deixou o reparo ao analisar as novas normas de funcionamento. “Sei que o Sr. Presidente da Câmara já se pronunciou sobre a não participação das alheiras de Mirandela. O que eu não concordo é que haja uma exclusão de tudo o que sejam talhos e fumeiros de Melgaço”, considerou. “Vistas bem as coisas, esta feira – apesar de ser de Monção -, tem uma estreita ligação a Melgaço nomeadamente no Alvarinho. Parece-me mal a exclusão dos fumeiros e talhos de Melgaço. Nós até sabemos que há um talho sediado em Monção, mas faz também a sua produção em Melgaço”, realçou Monteiro Alves.
Na resposta ao deputado, o edil social-democrata foi claro. “Na Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço não entra, tirando os Alvarinhos, nenhum fumeiro de Monção. E porquê? Porque esta é uma feira de produtos regionais de Melgaço. Existe apenas uma parceria com Monção relativamente aos Alvarinhos”, iniciou António Barbosa. No entanto, o presidente da Câmara assumiu que “é chegado o momento dos dois autarcas [de Monção e Melgaço] se sentarem à mesa. Preparar as edições de 2019. Se Melgaço abrir as portas aos fumeiros de Monção na Festa do Alvarinho, nós também alteraremos o nosso regimento e abriremos as portas ao fumeiro de Melgaço na nossa Feira do Alvarinho”. Uma ideia que, para António Barbosa, “faria todo o sentido” dada a determinação dos dois presidentes de Câmara em promover cada vez mais o território.
Recorde-se que, com o novo regulamento, os produtos de Monção passam a ter exclusividade total na Feira do Alvarinho. O certame, recorde-se, está já marcado para os próximos dias 29, 30 de junho e 1 de julho. O novo regulamento foi aprovado por unanimidade em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Cambeses. “São normas totalmente exclusivas para Monção, exceção feita obviamente ao vinho Alvarinho porque faz parte da sub-região Monção e Melgaço. Mas em termos de produtos, seja em termos de restauração ou artesanato, serão todos locais”, garantiu na altura à Rádio Vale do Minho o vereador da Cultura, João Oliveira. “Pretendemos divulgar o que é nosso e temos tanta coisa para divulgar!”, acrescentou.
[Fotografia: Direitos Reservados]
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