A situação de seca que atinge Portugal Continental está a preocupar os agricultores alto-minhotos, cujas queixas têm chegado à direção da Associação Regional dos Agricultores.
O presidente do organismo garante que haverá 30 a 40 mil pessoas com as suas culturas agrícolas em risco.
Cerqueira Rodrigues confirma que a situação é “nefasta”, em que à falta de chuva juntam-se as consequências sociais provocadas pela crise.
Se noutros cenários de seca que afetaram o país, o distrito de Viana do Castelo ficou sempre de fora, o mesmo já não acontece este ano.
Os solos das cerca de 17 mil explorações agrícolas existentes na região não têm capacidade de retenção de água, e Cerqueira Rodrigues diz mesmo que os efeitos desta seca já devem ter ultrapassado os números registados em 2005.
Os problemas que os pequenos agricultores alto-minhotos enfrentam não diferem dos restantes espalhados pelo país.
A questão dos custos acrescidos que a situação de seca está a provocar é a mais recorrente. As regas extras, a alimentação dos animais, bem como o escoamento dos produtos numa altura de crise.
Os agricultores aplaudem a posição recentemente anunciada pela tutela de acionar medidas de emergência, mediante a falta de chuva. Cerqueira Rodrigues lembra que os apoios devem abordar os combustíveis e a eletricidade. Alerta ainda para o fato de muitos destes pequenos empresários não conseguirem pagar as constribuições à Segurança Social, o que depois acarreta implicações na hora de receber apoios ou de apresentar candidaturas a financiamentos.
Pelo Alto Minho existem 111 mil hectares de superfície agrícola, distribuídos por 17 mil explorações. Os pequenos empresários estão a sentir a situação de seca aliada aos efeitos da crise. Um cenário que, até à data, nunca tinha suscitado preocupações, mas para a qual agora a Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho alerta.
Pode haver 30 a 40 mil agricultores com culturas agrícolas em risco de serem afetadas caso não chova nos próximos meses.
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