A Assembleia Municipal de Viana do Castelo aprovou a extinção da Fundação Maestro José Pedro, cumprindo a recomendação do Governo, mas a proposta passou apenas com três votos a favor, em 81 eleitos.
A discussão foi feita em reunião ordinária daquele órgão, realizada na quinta-feira à noite, e numa ação coordenada entre os vários agrupamentos políticos todos os eleitos à Assembleia Municipal abstiveram-se durante a votação.
A necessária aprovação da proposta, sob pena de penalização financeira da autarquia nas transferências do Estado caso a extinção recomendada pelo Governo não fosse ratificada, ficou para os três elementos da mesa da assembleia, que votaram favoravelmente.
A proposta de extinção da fundação, de iniciativa municipal, foi apresentada pela Câmara de Viana do Castelo, que a aprovou em reunião daquele órgão a 01 de outubro. Contudo, o autarca José Maria Costa admitiu que já está a ser estudada a sua transformação para Associação de Cultura Juvenil Maestro José Pedro.
“Mantendo os mesmos fins e objetivos. É uma atividade que temos de acarinhar, apesar de formalmente, com muita pena e por muito que nos custe, termos de votar por cessar a fundação”, assumiu o socialista.
Aquela fundação teve origem no Centro de Cultura Juvenil da Câmara Municipal de Viana do Castelo, fundado em 1975 pelo professor e maestro José Pedro Martins Coelho. Entre as suas atividades contam-se uma Orquestra Júnior composta por 30 alunos, ainda uma Orquestra Ligeira e uma Banda de Gaiteiros, entre outras que envolvem a formação musical de dezenas de jovens.
A “excessiva dependência de apoios públicos”, de 61,7% das receitas, e a “sobreposição da sua atividade com a da Academia de Música e da Escola Profissional de Música”, são justificações apontadas pelo Governo na recomendação da extinção da fundação.
O autarca José Maria Costa ainda admitiu o “serviço inestimável em prol da Música e Cultura em Viana do Castelo”, além da função “social” que a instituição representava.
“Discordámos profundamente desta decisão, mas temos de cumprir a Lei”, rematou.
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