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Alto Minho

Estaleiros retomam concurso de 15,6 ME para comprar de aço para asfalteiros para a Venezuela

6 Abril, 2012 - 09:41

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A administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) confirmou que “já teve início” o processo de aquisição das 22.000 toneladas de aço para começar a construir os dois asfalteiros encomendados pela Venezuela.

A administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) confirmou que “já teve início” o processo de aquisição das 22.000 toneladas de aço para começar a construir os dois asfalteiros encomendados pela Venezuela.

O processo de aquisição das 22.000 toneladas de aço destinadas ao fabrico dos dois asfalteiros para a PDVSA Naval [empresa venezuelana] já teve início”, garantiu fonte da administração dos ENVC, contactada pela agência Lusa.

A empresa retoma assim o concurso público para a aquisição do aço destinado a estas construções, que foi lançado em 12 de agosto de 2011 e ao qual concorreram quatro grupos.

O concurso tinha como preço base 15,6 milhões de euros, valor que entretanto poderá ser revisto em baixa, tendo em conta a cotação internacional do aço.

Aquele procedimento acabou por ficar suspenso até agora, sem qualquer decisão final, devido a problemas demonstrados pelas empresas que concorreram e também às dificuldades financeiras dos ENVC.

“Entretanto, já estão a decorrer as negociações com dois fornecedores. Considera-se expectável que a adjudicação se concretize num período de mês e meio”, admitiu ainda a administração.

A negociação foi retomada quarta-feira e a construção propriamente dita deverá arrancar no final de junho.

Este procedimento, explicou a mesma fonte, “decorre em paralelo à negociação do financiamento para a respetiva aquisição”.

Ainda hoje, os ENVC lançaram também o concurso público para aquisição, por 10,5 milhões de euros, dos motores para estes dois navios asfalteiros encomendados pela Venezuela.

Segundo o anúncio publicado em Diário da República, a empresa prevê o fornecimento destes dois equipamentos de propulsão num prazo de 24 meses e a aquisição será adjudicada pelo critério do “mais baixo preço”.

Em causa está um negócio para a construção de dois navios asfalteiros de 188 metros de comprimento, para a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA), no valor de 128 milhões de euros e com entrega prevista para fevereiro de 2014.

Entretanto, acrescentou outra fonte daquela empresa pública, está em curso uma redistribuição interna das áreas da empresa para libertar espaço e permitir o armazenamento dos blocos que começarão a ser construídos a partir de junho, dependendo dos prazos de entrega dos fornecedores.

Os ENVC já receberam a primeira fatia de 10 por cento (13 milhões de euros) do contrato com a Venezuela e desde julho que têm o projeto de construção concluído e pronto para avançar, o que ainda não aconteceu devido à falta de liquidez para a aquisição do material necessário, explicou a fonte.

A empresa prevê necessitar de cerca de oito milhões de euros para a aquisição do aço e de uma garantia bancária de 16,44 milhões, para garantir a encomenda do restante material junto dos fornecedores.

Este contrato com a PDVSA, celebrado em outubro de 2010 com a presença em Viana do Castelo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é o único ainda ativo naquela empresa pública e representa cerca de 1,3 milhões de horas de trabalho durante três anos.

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