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Alto Minho

Estaleiros de Viana: Primeiro ministro quer processo rápido na privatização

19 Março, 2012 - 14:00

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O primeiro-ministro disse hoje, em Viseu, que a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo “não vai ficar para as calendas gregas” e que, no processo, “vão ser salvaguardados o maior número possível” de postos de trabalho.

O primeiro-ministro disse hoje em Viseu que a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo “não vai ficar para as calendas gregas” e que, no processo, “vão ser salvaguardados o maior número possível” de postos de trabalho.

Pedro Passos Coelho justificou o processo de privatização, sem dar detalhes sobre eventuais interessados, afirmando que “o governo não tem condições para estar a garantir novas injeções de capital”.

Escusando-se a entrar em pormenores, perante a insistência dos jornalistas, Passos Coelho, que esteve hoje em Viseu para as cerimónias do dia do Regimento de Infantaria (RI 14), adiantou que o ministro da Defesa, “irá fazê-lo” assim que “houver elementos para, de modo público, revelar”.

“O governo, através do ministro da Defesa, tem vindo a preparar com muita atenção o futuro dos estaleiros de Viana do Castelo. O Estado não tem condições, do ponto de vista financeiro, para poder manter os Estaleiros e estamos a encontrar um mecanismo que permita a injeção de capital através de um processo de privatização”, explicou.

O primeiro-ministro sinalizou ainda que “os pormenores serão esclarecidos pelo ministro da Defesa”, na audição, marcada para quarta-feira, de José Pedro Aguiar-Branco, ao Parlamento, “onde essa questão não deixará de ser abordada com todos os pormenores”.

“Temos vindo a trabalhar na reestruturação dos estaleiros de modo a preparar um futuro sustentável, onde não se acumulem prejuízos e possa ser acrescentado valor. E fazer a auscultação de mercado para encontrar um novo acionista de modo a que os estaleiros tenham viabilidade e que o país possa continuar a contar com uma empresa com estas características e com esta história”, apontou Pedro Passos Coelho.

O chefe do executivo deixou ainda claro que o Governo está atento à história destes estaleiros, que encara como “muito importantes para a Marinha portuguesa e para Portugal”, sublinhando igualmente que “oferecem uma capacidade em termos externos que devia ser aproveitada”.

Mas, alertou, que, para poderem ter continuidade, os Estaleiros de Viana do Castelo “têm de ser sustentáveis”, o que passa por “encontrar um acionista que dê garantia de que vai haver encomendas no futuro”.

Passos Coelho deixou ainda claro que “nos termos em que foram herdados”, os Estaleiros de Viana do Castelo não tinham possibilidade de continuar.

“O que estamos apostados em garantir é a continuação dos estaleiros porque estiveram na eminência de encerrar, de haver liquidação da empresa e isso seria a última coisa que gostaríamos que acontecesse”, notou.

A prioridade do governo está colocado em “salvaguardar a empresa e a possibilidade de continuar a acrescentar valor para o país”, acrescentando Pedro Passos Coelho que disse ter “uma forte expetativa que isso seja possível através de uma privatização”.

O Governo vai lançar, dentro de 45 dias, um concurso público internacional para a reprivatização total dos ENVC, disse hoje à Agência Lusa fonte do Ministério da Defesa.

Esse processo, acrescentou a fonte, resulta de “vários contactos e reuniões” que se revelaram “suficientemente sólidos”, com seis potenciais grupos interessados na compra dos ENVC.

“No âmbito deste concurso público, estes grupos podem confirmar as propostas ou não. Como podem ainda aparecer outras”, acrescentou a fonte, assumindo a existência de “garantias” dos interessados até ao momento.

Trata-se de grupos económicos ligados à indústria naval chinesa e russa, mas também investidores nacionais.

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