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Alto Minho

Estaleiros de Viana: Governo esteve a “auscultar o mercado” para evitar “falsas esperanças” – ministro da Defesa

20 Março, 2012 - 08:21

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O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, explicou em Viseu que o governo esteve a “auscultar o mercado” para ter a certeza de que haveria candidatos à privatização dos Estaleiros de Viana do Castelo e evitar “falsas esperanças”.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, explicou em Viseu que o governo esteve a “auscultar o mercado” para ter a certeza de que haveria candidatos à privatização dos Estaleiros de Viana do Castelo e evitar “falsas esperanças”.

Agora, adiantou aos jornalistas Aguiar-Branco, com um quadro em que essas certezas existem “tanto quanto é possível ter certezas”, o modelo de privatização vai ser definido através da Empordef, a ´holding´ das indústrias de Defesa, e a Parpública.

Os prazos para a conclusão do negócio, segundo o ministro da Defesa, poderá ir além dos cinco meses.

“Nas próximas oito semanas será possível fechar o modelo em que a privatização possa ocorrer e depois disso um trimestre para analisar as propostas”, explicou, acrescentando que, decorrido o processo de negociações, será o Conselho de Ministros a tomar as decisões que partem do princípio da alienação da totalidade do capital.

O ministro sublinhou ainda que nos últimos tempos decorreu “um trabalho muito aturado”, onde foram ouvidos “diversos candidatos” porque, “por respeito aos trabalhadores”, não se podia dar “falsas esperanças”.

“As propostas de intenção das candidaturas à privatização parecem-nos suficientemente sérias para que lancemos este processo agora”, afirmou.

Para já, como admitiu o ministro da Defesa em Viseu, onde também o primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, já tinha confirmado o processo, há seis grupos interessados, sendo dois de origem chinesa e russa, e quatro nacionais, mas “poderão surgir, de forma transparente e aberta, outros candidatos”.

A manutenção dos postos de trabalho foi, disse, a “primeira das preocupações após a tomada de posse” do governo.
Relembrando os “constrangimentos” atuais da economia portuguesa, José Pedro Aguiar-Branco sublinhou que a Marinha de Guerra portuguesa, após a privatização, poderá reforçar os seus equipamentos em Viana do Castelo ou “em qualquer outra parte do mundo”.

Mas Aguiar-Branco fez questão de destacar que o importante é que os estaleiros de Viana do Castelo tenham capacidade sustentada de trabalhar para a marinha angolana, a marinha brasileira ou outras e acrescentar valor à economia nacional.

“No futuro, neste ou noutro estaleiro, se a marinha portuguesa estiver em condições de fazer encomendas isso acontecerá com a naturalidade de quem pode construir navios em qualquer parte do mundo. E esperamos que em Portugal exista essa capacidade para a marinha portuguesa e não só”, apontou.

Para o ministro da Defesa, “o importante é que estes estaleiros possam contribuir para aumentar a capacidade de exportação à economia nacional e assim ajudar à soberania nacional”.

“Esperamos que essa situação aconteça e ficamos muito felizes que os estaleiros possam construir para a marinha brasileira, a marinha angolana”, sinalizou.

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