Espanha tinha no final de janeiro menos 1.020 trabalhadores portugueses registados, confirmando uma tendência que se consolida desde o início da crise económica, em 2008, com uma queda acumulada de quase 48 por cento.
Dados divulgados pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social referem que no final de janeiro estavam registados em Espanha 45.755 trabalhadores portugueses, menos 2,2 por cento que no final de 2011.
Os dados confirmam uma tendência que se tem vindo a consolidar nos últimos anos, num efeito direto da crise económica e financeira, que afeta tanto a comunidade portuguesa como outras comunidades imigrantes.
Note-se que em termos anuais a queda de trabalhadores imigrantes foi de 4,92 por cento, quando do resto dos trabalhadores foi de 2,39 por cento, “o que indicaria que a perda de emprego está a afetar com maior intensidade os trabalhadores estrangeiros que os nacionais”.
No final de janeiro, o número de trabalhadores imigrantes em Espanha era de 1.738.922, menos 2,8 por cento que no final de dezembro, com uma perda de quase 49 mil trabalhadores.
Salvo exceções pontuais, o número de trabalhadores portugueses tem vindo a cair progressivamente nos últimos anos, depois de ter chegado, antes da crise, a ser o segundo maior entre os cidadãos da União Europeia.
A comunidade de trabalhadores portugueses é já a quinta entre as de cidadãos da UE, depois da Roménia (269 mil), Itália (58 mil), Bulgária (52 mil) e Reino Unido (50 mil).
Esta comparação torna-se ainda mais relevante tendo em conta que em 2007 os portugueses representavam cerca de 11 por cento dos trabalhadores da UE em Espanha e atualmente representam apenas cerca de 7,3 por cento.
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