Guardia Civil espanhola deteve 25 pessoas e desmantelou uma organização criminosa, que lucrou mais de meio milhão de euros, com a exportação ilegal de motociclos e ciclomotores em fim de vida para vários países, nomeadamente Portugal, como se fossem veículos em segunda mão.
Em comunicado, citado pelo Notícias ao Minuto, a Guardia Civil explica que a organização se dedicava ao tráfico ilegal de resíduos perigosos e que a atividade decorria num Centro Autorizado para Tratamento de Veículos em Final de Vida Útil (sucata), localizado em Madrid.
Além disso, recorreu a “uma rede de empresas ligadas à gestão deste tipo de veículos, principalmente motociclos e ciclomotores, distribuídos por várias províncias espanholas, para exportá-los ilegalmente, como veículos usados”, para vários países africanos, Itália, Portugal e Polónia.
Segundo a mesma nota, a empresa adquiria os veículos em fim de vida, já “considerados resíduos perigosos”, mas “em vez de os descontaminar e vender por peças”, exportava-os como veículos usados, “transportados completos e declarados como bens de segunda mão, evitando assim as proibições de exportação”.
“Os veículos foram adquiridos como resíduos a um preço muito baixo, e foram vendidos sem sofrer qualquer tipo de tratamento como resíduos”.
Ao serem vendidos em segunda mão, “aumentou consideravelmente a margem de lucro”.
Os membros da organização conseguiam, através deste esquema, viver uma vida de luxo e tinham uma estrutura criminosa organizada hierarquicamente.
Alguns dos motociclos eram provenientes de roubos e também das Forças e Órgãos de Segurança.
O meio milhão de euros lucro da organização foi o valor apurado pela Guardia Civil só no tempo da investigação.
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