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Alto Minho

ENVC: Trabalhadores prometem lutar contra reprivatização da empresa

22 Março, 2012 - 08:16

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) garantiram que vão “fazer tudo o que estiver ao alcance” para travar a reprivatização da empresa, anunciada pelo Governo.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) garantiram que vão “fazer tudo o que estiver ao alcance” para travar a reprivatização da empresa, anunciada pelo Governo.

A garantia foi avançada ontem à tarde, no final do sétimo plenário geral de trabalhadores realizado desde o início do ano na empresa.

“A nossa posição é de não concordância [com a reprivatização] e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para impedir que isso aconteça”, afirmou aos jornalistas António Barbosa.

O porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos ENVC falava no final do primeiro plenário realizado após o anúncio de reprivatização, até julho, dos estaleiros.

“Já dissemos ao senhor ministro da Defesa, olhos nos olhos, que não aceitamos essa privatização até 100 por cento”, acrescentou António Barbosa, garantindo que ainda não estão definidas formas para contrariar a intenção do Governo, mas que já esta quinta-feira a empresa deverá “paralisar totalmente”, no âmbito da greve geral.

“Porque, para já, ainda nem sequer existe uma proposta para reprivatizar”, recordou, assumindo que só depois é que serão definidas formas de luta. “Juntos, temos muita força, isolados, não. É esse espírito que queremos que se mantenha”, disse ainda.

A Comissão de Trabalhadores insiste na necessidade de os estaleiros realizarem “parcerias s técnicas e comerciais, para aumentar a capacidade de internacionalização”, mas “nunca” passando pela alienação da totalidade do capital da empresa pelo Estado.

Segundo números relevados esta semana pela administração, os ENVC têm atualmente 647 trabalhadores, que representam encargos mensais em salários na ordem dos dois milhões de euros.

Apesar do anúncio de reprivatização, António Barbosa sublinhou a satisfação com o compromisso da administração da Empordef de, em breve, serem desbloqueadas verbas que permitam o início da construção dos navios asfalteiros para a Venezuela, negócio de 128 milhões de euros e de mais de um milhão de horas de trabalho.

“Depois de começarmos com essas construções, nem tempo vamos ter para pensar nestes problemas, dado o volume de trabalho em perspetiva para a nossa empresa e para outras que trabalham para os estaleiros”, disse ainda Barbosa, lamentando que, entretanto, se tenham “perdido doze meses de trabalho”.

O presidente dos ENVC, Jorge Camões, afirmou, na terça-feira, no Parlamento, que a empresa precisa de 16,4 milhões de euros de garantias bancárias e mais 10 milhões de euros para iniciar estas construções.

Revelou ainda que o prazo para entrega dos asfalteiros foi “renegociado” com a Venezuela, estando agora prevista para fevereiro de 2014, em simultâneo.

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