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Viana do Castelo

ENVC: Ministro defende reforço de serviço público prestado pelas Forças Armadas em audição marcada pela situação dos estaleiros navais

13 Outubro, 2011 - 09:34

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O ministro da Defesa foi ontem ao Parlamento defender uma nova "doutrina de serviço público" para as Forças Armadas numa audição que acabou por ficar marcada pela situação dos estaleiros de Viana do Castelo.

O ministro da Defesa foi ontem ao Parlamento defender uma nova "doutrina de serviço público" para as Forças Armadas numa audição que acabou por ficar marcada pela situação dos estaleiros de Viana do Castelo.

Depois de ter sido questionado sobre este assunto pelo deputado do PS Marcos Perestello, o ministro da Defesa disse estar surpreendido com a pergunta, dizendo que os socialistas deviam ter "pudor" em falar dos estaleiros, dada a situação "altamente complexa" que deixaram quando saíram do Governo em junho.

Aguiar-Branco acusou o anterior Executivo de ter recebido um estudo em janeiro de 2011 sobre a situação dos estaleiros que só avaliou poucos dias antes das eleições, acabando por decidir o despedimento de 420 trabalhadores e ignorando a questão da viabilidade económico-financeira.

O ministro leu mesmo um despacho do anterior secretário de Estado das Finanças em que este decidia a dispensa de trabalhadores e referia que o estudo em causa tinha fragilidades quanto à questão da sustentabilidade e da viabilidade dos estaleiros. Aguiar-Branco disse não entender porque não foi pedida de imediato uma nova reavaliação e que o anterior Governo não quis assumir nada antes por motivos eleitorais.

"Não sabemos da viabilidade económico-financeira. Mas já agora os 420 podem ir embora", ilustrou, acrescentando que foi com "esta realidade" que se deparou quando tomou posse, além da "realidade acrescida" de tanto a Empordef, a empresa proprietária dos estaleiros, como os próprios estaleiros estarem sem administração.

O deputado Jorge Fão, do PS, pediu a palavra para "lembrar" que os estaleiros têm uma história de 20 anos de resultados negativos, que todos os governos são igualmente responsáveis: "Não há muito espaço para nos atacarmos até porque o problema e a dimensão do problema são muito grandes", afirmou.

Jorge Fão acabou porém por dizer ao ministro que acusa o anterior governo de ter demorado quatro meses a avaliar um estudo mas que o próprio Aguiar-Branco anda há três meses para tomar uma decisão em relação aos estaleiros.

Aguiar-Branco respondeu que teve de nomear novas administrações e que estão a ser desenvolvidos contactos com potenciais interessados chineses, russos e brasileiros nos estaleiros, reiterando que espera ter uma decisão tomada ainda este mês.
FONTE: "Lusa"

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