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Alto Minho

ENVC: Leilão de aço e cobre rende 1 ME de euros

14 Fevereiro, 2012 - 15:53

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Os estaleiros de Viana deverão garantir um encaixe de um milhão de euros com o leilão, realizado hoje, de 1.696 toneladas de aço e 190 quilómetros de cabos, ainda sujeito à validação da administração da empresa.

Os estaleiros de Viana deverão garantir um encaixe de um milhão de euros com o leilão, realizado hoje, de 1.696 toneladas de aço e 190 quilómetros de cabos, ainda sujeito à validação da administração da empresa.

Apenas na venda do aço, a empresa conseguiu atingir os 669,6 mil euros, no total de quatro lotes colocados a leilão.
Apesar das cerca de 20 propostas recebidas, foram todos vendidos à empresa Recifemetal, de Arruda dos Vinhos, que apresentou sempre as melhores ofertas.

“É aço sem utilização para as encomendas existentes. Trata-se, portanto, de lotes de sobras e de aço muito deteriorado”, explicou fonte da administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

No caso dos cabos elétricos, os 190 quilómetros foram vendidos, em seis lotes, a três empresas diferentes, representando um encaixe total de 291 mil euros, valor muito acima da proposta apresentada em dezembro, por uma empresa do sucateiro Manuel Godinho.

Nesse leilão anterior, a empresa Raplus Soluções Ambientais, detida pelo principal suspeito do processo “Face Oculta”, propôs, como valor final, o pagamento de 171.820 euros pelo mesmo material, cerca de 71 toneladas de cabos.

Contudo, o processo, que envolveu apenas duas empresas, foi anulado pela administração dos ENVC, que discordou dos valores da proposta vencedora.
Neste segundo leilão, agora alargado também às 1.696 toneladas de aço, a empresa em que Godinho é sócio principal não apresentou qualquer proposta.

No total, com o leilão de hoje e se a administração validar todos as propostas finais que foram alcançadas, os ENVC garantem um encaixe financeiro de 960 mil euros.
Este leilão decorreu nas instalações dos ENVC e durou cerca de quatro horas.

“O encaixe que nós pretendemos não é a vender sobras com utilidade futura ou sucata. Queríamos encaixe era com trabalho e encomendas e este material tem estado a ser utilizado em construções e reparações”, comentou, no final do leilão, o porta-voz da Comissão de Trabalhadores.

António Barbosa acrescenta que “desde novembro” foram utilizadas cerca de 75 toneladas de material como o que agora será vendido nas várias reparações realizadas pela empresa.
“A empresa tem sido desbaratada sobretudo nos últimos quatro anos. Todos os dias achamos que a empresa bateu no fundo e todos os dias mas no dia seguinte o fundo ainda está mais fundo”, rematou.

Além do passivo acumulado, que já ultrapassa os 270 milhões de euros, e dos prejuízos dos últimos anos, os ENVC enfrentam ainda problemas de tesouraria, não tendo liquidez para pagar salários ou encomendar matéria-prima para as construções em curso.

A empresa estabelece que o material leiloado “só poderá ser levantado das instalações” depois de “totalmente pago”, num prazo máximo de cinco dias após a adjudicação.

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