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Viana do Castelo

ENVC: Empresas brasileiras interessadas na reprivatização – embaixador

18 Agosto, 2012 - 13:58

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O embaixador do Brasil em Portugal admitiu hoje o interesse de empresas brasileiras em concorrerem à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), face às necessidades da indústria naval naquele país.

O embaixador do Brasil em Portugal admitiu hoje o interesse de empresas brasileiras em concorrerem à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), face às necessidades da indústria naval naquele país.

Mário Vilalva diz que “há interesse por parte do Brasil” nos ENVC, tendo em conta o objetivo de fazer “renascer” a atividade da indústria naval que existia nos anos 60 e 70 do século passado.

Além disso, acrescentou, o país precisa 200 navios, entre indústrias petrolíferas, marinha de guerra e marinha mercante, e “não tem capacidade instalada”.

“Não tempos uma empresa estatal que possa concorrer [à reprivatização dos ENVC]”, disse ainda Mário Vilalva, admitindo que “há várias formas de cooperação com Viana do Castelo que devem ser examinadas”.

A apresentação de um “adequado projeto estratégico” que “maximize” a manutenção dos atuais recursos humanos são condições a “privilegiar” pelo Governo na reprivatização dos ENVC.

Segundo o decreto-lei publicado a 13 de agosto em Diário da República, promulgado pelo Presidente da República, com a reprivatização “pretende-se que o capital social dos ENVC seja alienado por venda direta” a realizar pela Empordef junto de um “investidor, nacional ou estrangeiro” com uma “perspetiva de investimento estável e de longo prazo, com vista ao desenvolvimento estratégico” da empresa.

O embaixador do Brasil, que está de visita a Viana do Castelo, garante que têm sido feitos contactos oficiais com empresas daquele país, “demonstrando as vantagens” dos estaleiros públicos portugueses e “incentivando-as” a concorrer.

“Há interesse, sem sobra de dúvida. É perfeitamente possível que uma ou várias empresas, até mesmo um consórcio, concorram”, disse ainda.

Declarações feitas à margem da participação, como presidente da comissão de honra, a convite do presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, na romaria d’Agonia, que decorre na cidade até segunda-feira.

A festa, que durante quatro dias leva cerca de um milhão de pessoas ao concelho, conta com uma homenagem a Jorge Amado, que em 1981 foi distinguido com o título de “Cidadão de Honra” pelo município.

O escritor brasileiro visitou Viana do Castelo por onze vezes, no qual se inspirou para alguns dos seus romances e contos, traduzidos em 49 idiomas.

A Biblioteca Municipal inaugurou hoje, na presença do embaixador Mário Vilalva, uma ala dedicada ao escritor brasileiro, no mês em que se assinala o centenário do seu nascimento, e a autarquia já garantiu que está a ser estudada a atribuição do nome a uma rua.

A memória de Jorge Amado na romaria d’Agonia estará presente em vários momentos, nomeadamente no cortejo etnográfico deste sábado, que reúne 33 carros alegóricos, 112 quadros e mais de 3.000 figurantes, dedicado à tradição doceira, precisamente um dos aspetos mais destacados pelo escritor.

“Fiquei muito sensibilizado com a homenagem que Viana do Castelo está a fazer a Jorge Amado e pelo convite que a Câmara Municipal me dirigiu, para ser presidente da Comissão de honra das festas. Nunca estive presente mas que sei que são das maiores festas do país”, disse ainda Mário Vilalva.

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