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Alto Minho

ENVC: Empresa negoceia adaptação de aço do “Anticiclone” para novo ferryboat

29 Março, 2012 - 08:20

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Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) estão a negociar a utilização das 720 toneladas de aço do casco do “Anticiclone”, encomendado e rejeitado em 2009 pelos Açores, para a construção de um outro ferryboat.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) estão a negociar a utilização das 720 toneladas de aço do casco do “Anticiclone”, encomendado e rejeitado em 2009 pelos Açores, para a construção de um outro ferryboat.

A explicação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Jorge Camões, em entrevista à Agência Lusa, acrescentando que os blocos de aço estão atualmente dispersos por uma área de 2.200 metros quadrados dentro da empresa.

“Aqueles blocos são para um ferryboat. Nesta altura temos uma oferta, que ainda não cotamos, de um possível armador interessado e que tinha todo o projeto para alumínio, mas que pode ser transformado em aço para o casco e alumínio para a superstrutura”, admitiu Jorge Camões.

Sem adiantar mais pormenores, por estarem a decorrer conversações com o armador, o administrador admite que poderá “ser possível” concretizar este negócio a breve prazo.

Estes blocos representam 90 por cento do aço que o navio necessitaria, em termos de casco, cuja construção foi suspensa há cerca de três anos, depois da rescisão do contrato pela Atlânticoline, empresa pública controlada pelo Governo dos Açores e responsável pelas ligações inter-ilhas naquele arquipélago.

“Estamos a falar de 720 toneladas de blocos, em aço. Estão todos em condições, sendo obviamente necessário proceder a inspeção e controlo de qualidade, antes de utilização”, explicou Jorge Camões.

Acrescentou que todo o equipamento e materiais para este navio, com capacidade para transportar 450 passageiros e viaturas, “está todo comprado”. “Só ali estão investidos pelos ENVC cerca de 14 milhões de euros. Desde o aço, aos equipamentos e materiais, cerca de 11 milhões de euros, além de mais três milhões em projetos e subempreiteiros”, sublinhou.
Através da Atlânticoline, o Governo dos Açores tinha encomendado aos estaleiros de Viana a construção dos navios “Atlântida” e “Anticiclone”, que seriam utilizados na operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas do arquipélago.

Na sequência dessa encomenda, o executivo açoriano já tinha pago 37,3 milhões de euros quando, em abril de 2009, decidiu rejeitar o navio “Atlântida” por não cumprir os requisitos contratuais, avançando depois com decisão idêntica face ao “Anticiclone”.

Em dezembro de 2009, as duas empresas públicas chegaram a um acordo que obrigava os ENVC a pagarem 40 milhões de euros, em várias prestações, estando ainda por liquidar uma verba de cerca de sete milhões de euros.

Com este acordo, em contrapartida, os ENVC passaram a ser proprietários do “Atlântida” e dos blocos de aço que já estavam construídos para o “Anticiclone”.

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